segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

AMOR E ZELO PELA MISSA TRIDENTINA, MISSA DE TODOS OS SANTOS

Losangele de Santana
Observamos hoje católicos sendo levados ao erro por falta de:
- instruções tradicional da Santa Igreja Católica,
- pela ignorância das coisas divinas,
- e por pastores cada vez em maior número, extraviando o rebanho, seduzidos por fantasiosas teorias heréticas, maquinadas por falsos teólogos, ensinando uma doutrina adulterada e introduzindo no templo Santo um culto indigno de raízes pagãs.

São Pio X, em sua carta Acerbo Nimis nos alerta: “ pois o velho inimigo anda ao redor deste rebanho e lhe atira laços com tão pérfida astúcia, que agora, principalmente, parece ter-se cumprido aquela profecia do Apóstolo ao anciãos da Igreja de Éfeso: “Eu sei que (...) se introduzirão entre vós lobos arrebatadores, que não pouparão o rebanho (At 20,29) e continua “...a atual depressão e debilidade das almas provêm, principalmente, da ignorância das coisas divinas.”

Estas palavras mostram-nos que necessitamos e devemos conhecer as instruções Tradicional da Igreja Católica.
Tentam eclipsar a doutrina da fé Católica por meio de sofismas. Podemos observar em nossos dias, que o sentido de moral e bons costume já se perdeu.

Até mesmo no templo do Senhor, o modo de comportar-se, a maneira de vestir-se se esvariu. A maneira de receber Jesus Sacramentado, de pé, tocando-O com as mãos. Não faz parecer que acreditam na presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo na hóstia consagrada , deixando a desejar a razão de fé.

A Igreja por meio de São Tomás de Aquino, o maior doutor da Igreja nos exorta: “Por respeito para com este Sacramento nada Lhe Toca, a não ser o que é consagrado”.

Hoje vemos milhares de fiéis fazendo tudo o contrário do que a Santa Igreja Católica sempre ensinou .
Os sacramentos são o tesouro da Igreja e a Divina Eucaristia é o maior de todos os Sacramentos, porque em todos os outros Sacramentos recebemos a graça sacramental, mas a divina Eucaristia recebemos o próprio Cristo. Portanto como é óbvio que o Santíssimo Sacramento é o maior tesouro que a Igreja possui, deve ser tratado com toda a reverência e homenagem que merece.
Deste modo todas as barreiras anteriores ao Concílio Vaticano II para evitar profanações são indispensáveis à vida da Igreja e à santidade dos fiéis. (Fátima Network)

Se é de joelhos que os anjos acorrem para adorar o Senhor quanto mais eu que sou pecador.

A Santa Missa Tridentina ou Missa de Sempre, incorpora em si o respeito pela Eucaristia.
Procuremos então buscar, conhecer, zelar pela preservação da Tradição da Santa Igreja Católica e a pureza da Santa Missa Tridentina, que é a Missa de Sempre centrada em Deus e não ao homem. Onde há o Sacrifício, e não um banquete, rezada e cantada na língua oficial da Igreja Católica que é o Latim, uma língua precisa, grave, majestosa, onde não há perigo de erros, distorções, má interpretação. O Canto gregoriano sendo a única música pertencente a Igreja Católica, canto este que converte a alma.
Salve Maria,
In Corde Jesu, semper.

Entrevista com NELSON RODRIGUES:


EXTRATOS DE UMA ENTREVISTA À REVISTA MANCHETE EM AGOSTO DE 1977:

Manchete — Você está lançando o seu livro O Reacionário. Por que o livro e por que esse título?

Nelson Rodrigues — Este livro é uma das coisas mais sérias que já fiz na minha vida. Antes de falar de mim, mal ou bem, o sujeito deve ler o meu livro para saber o que eu acho, para saber do meu anticomunismo, saber do meu horror a Marx... Marx não toma conhecimento da morte. E nós exigimos de Marx a devolução de nossa alma imortal. Tudo isso está no livro. Agora, eu tenho uma virtude única, que é a seguinte: não tenho medo de passar por reacionário. Querem me chamar de reacionário, chamem; querem me pichar como reacionário, pichem; querem me pendurar num galho de árvore como ladrão de cavalo, pendurem. Mas eu sou homem que não aceita essa impostura gigantesca dos chamados países socialistas. Por mais que eu tenha horror da política, há muita política no meu livro. Eu acho que a política corrompe qualquer um, mas ela é um fato. Alias, vocês querem saber de uma coisa? Eu comecei a ficar anticomunista aos 11 anos de idade. Eu era um rato de jornal e nessa ocasião comecei a freqüentar o jornal A Nação, do Leônidas de Rezende, um comunista tremendo. Então, um dia assim sem mais nem menos, um rapaz me disse que, se o partido mandasse, ele estrangularia a sua própria mãe. Era só o partido mandar. A ONU, por exemplo, não considera o Brejnev um canalha. Para ela, o fato de existirem intelectuais internados em hospícios não representa um ato atentatório aos direitos humanos. Agora, vou te dizer uma coisa: eu pensei muito quando dei ao meu livro o título de O Reacionário. Porque no duro, no duro, eu não sou reacionário. A mais cruel forma de reacionarismo está nos países socialistas, na Rússia, em Cuba, na China, etc. Realmente, eu sou um libertário. Veja você: dois pobres-diabos cidadãos soviéticos seqüestraram um avião para deixar o paraíso e foram parar na Finlândia. Entregaram-se ao governo finlandês, que os devolveu ao Brejnev. Vão ser naturalmente fuzilados. Pois bem: quem protestou contra isso? Onde está o manifesto dos intelectuais com 3.999 assinaturas? No duro eu sou um libertário. Eles, marxistas, é que são reacionários. Repito mais uma vez: os marxistas é que são reacionários.

Manchete — Nelson, ainda existe o padre de passeata? Eles ainda estão em plena atuação?

Nelson Rodrigues — Ainda existem e estão em plena atuação. Sempre houve o padre de passeata. É o falso padre, o sujeito que trai a Igreja, que trai Cristo, trai Deus. Este é o padre de passeata.

Manchete — Você está a favor do Lefebvre ou do Papa?

Nelson Rodrigues — Sou inteiramente a favor de Lefebvre. Eu acho que a Igreja de Cristo é a Igreja de Lefebvre. Acho que qualquer faxineiro prefere o latim. O latim é a verdadeira linguagem. Aliás, a gente não precisa entender a língua, basta o som.

Manchete — Nelson, você gostaria de viver agora ou na Idade Média?

Nelson — Em primeiro lugar, eu não vejo nada de ruim na Idade Média, como você está insinuando. Foi uma etapa da história da humanidade, simplesmente. A Idade Média tinha seus valores formidáveis. A par disso, já afirmei que tinha uma alma de Belle Époque. Hoje estamos assistindo a uma destruição de valores. Nunca a maldade humana, a perversidade humana, a ferocidade humana foram tão violentas como em nossa época. Eu digo o seguinte: se houvesse uma guerra nuclear e o mundo acabasse, não se perderia grande coisa. Alias, de todas as épocas eu acho que a pior é exatamente a nossa.

Manchete — Mas você é muito amargo.

Nelson Rodrigues — Como?

Manchete — Muito amargo em face da vida.

Nelson Rodrigues — Meu coração, meu anjo: a amargura é o elemento do artista. A amargura dá uma dimensão fantástica ao artista.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

HOMENAGEM AOS BONS SACERDOTES

A Venerável Catarina Vannini, em êxtase durante a Santa Missa, via os Anjos a circundarem as mãos do Sacerdote, e sustentá-las no momento da elevação da Hóstia e do Cálice.Poderemos imaginar com que respeito e afecto a Venerável Catarina beijava aquelas mãos?



Santa Edwirges, Rainha, cada manhã assistia a todas as Santas Missas que eram celebradas na Capela da Corte, mostrando-se muito agradecida e reverente para com os Sacerdotes que as tinham celebrado.E beijando-lhes as mãos com muita devoção, fazia com que eles se alimentassem, tratando-os com as mais distintas honras.Ouvia-se como a Rainha exclamava comovida: "Bendito seja quem fez Jesus descer do Céu e O deu a mim!"




S. Pascoal de Baylon era o porteiro do Convento.Todas as vezes que chegava um Sacerdote, o Santo Frade ajoelhava-se e beijava-lhe respeitosamente as duas mãos.Dele foi dito, como de S. Francisco de Assis, "que era devoto das mãos consagradas dos Sacerdotes".Ele julgava-as capazes de deter ao longe os males e de cumular de bens a quem nelas tocasse com veneração, porque são as mãos das quais Jesus se serve.




"Cada vez que virdes um Sacerdote - ensinava o Santo Cura d'Ars - pensai em Jesus".Santa Maria Madalena de Pazzi, de facto, falando de qualquer Sacerdote, costumava dizer: "este Jesus".E é por isso que Santa Catarina de Sena e Santa Teresa de Jesus beijavam a terra onde tivesse passado um Sacerdote.




E, ainda mais, Santa Verónica Giuliane, certo dia, tendo visto o Sacerdote subir pela escada do Mosteiro, para ir levar a Santa Comunhão às enfermas, ajoelhou-se ao pé da escadaria e foi subindo de joelhos pelos degraus, beijando-os um a um e banhando-se com lágrimas de amor...




"Se eu me encontrasse - dizia o Santo Cura d'Ars - com um Sacerdote e com um Anjo, saudaria primeiro o Sacerdote e só depois o Anjo"...Se não tivéssemos o Sacerdote, de nada nos valeria a Paixão e a Morte de Jesus...Para que serviria um escrínio cheio de jóias de ouro, se não houvesse alguém para abri-lo?O Sacerdote é quem tem a chave dos tesouros celestes...




Quem é que faz Jesus descer às puras hóstias?Quem é que coloca Jesus em nossos Sacrários?Quem é que dá Jesus às nossas almas?Quem é que purifica os nossos corações, para que possamos receber a Jesus?É o Sacerdote, e só o Sacerdote.




Ele é o "Ministro do Tabernáculo" (Heb 13, 10); é o "Ministro da Reconciliação" (2 Cor 5, 18); é o "Ministro de Jesus para os Irmãos" (1 Cor 1, 7); é o "Dispensador dos Mistérios Divinos" (1 Cor 4, 1).E quantos episódios não poderiam ser narrados de Sacerdotes heróicos em sacrificarem-se a si mesmos para darem Jesus aos irmãos!Façamos referência a dois deles, entre muitos outros:




Por isso é que o Padre Pio de Pietrelcina dizia:"O Sacerdote: ou é um santo, ou é um demónio".Ou santifica, ou arruína. E que desastre incalculável não provoca o sacerdote que profana a sua vocação com um comportamento indigno, ou que a calca aos pés ao negar o seu estado de consagrado e eleito do Senhor! (Jo 15, 16)




S. João Bosco dizia: "Um Padre, ao Paraíso ou ao Inferno nunca vai sozinho: Vão sempre com ele almas em grande número, ou salvas pelo seu santo Ministério e com o seu bom exemplo; ou perdidas pela sua negligência no incumprimento dos próprios deveres e pelos seus maus exemplos".Rezemos por eles.


Sabe-se que Santa Teresinha, a angélica carmelita, fez a sua última Comunhão, antes de morrer, por esta sublime intenção: Obter a volta de um Sacerdote transviado, que havia renegado a sua vocação.E sabe-se que aquele Sacerdote

morreu arrependido, invocando o nome de Jesus.


Sabemos que há almas, especialmente as virginais, que se ofereceram como vítimas pelos Sacerdotes.São almas predilectas de Jesus, e dum modo absolutamente singular.Mas rezemos nós também, oferecendo também os nossos sacrifícios, por todos os Sacerdotes, pelos que estão em perigo e pelos mais fortes, pelos transviados e pelos já adiantados na perfeição.


De modo particular, todas as vezes que virmos um Sacerdote no Altar, rezemos nós também a Nossa Senhora, com as palavras do Venerável Carlos Jacinto:"Ó querida Nossa Senhora, emprestai o Vosso Coração àquele Sacerdote, a fim de

que ele possa celebrar dignamente".


Rezemos nós também, como Santa Teresinha, para que os Sacerdotes no Altar toquem no Corpo Santíssimo de Jesus com a mesma pureza e delicadeza com que n'Ele tocou Nossa Senhora.Melhor ainda, rezemos para que cada Sacerdote possa fazer como S. Caetano, que se preparava para a celebração da Santa Missa, unindo-se tão intimamente a Maria Santíssima, que dele diziam:"Ele celebra a Santa Missa como se fosse Ela".


E, na verdade, como Nossa Senhora tomou Jesus em Suas mãos em Belém, assim o Sacerdote recebe Jesus em suas mãos na Santa Missa.Como Nossa Senhora ofereceu Jesus Vítima sobre o Calvário, assim o Sacerdote oferece o Cordeiro Imolado no Altar.Como Nossa Senhora deu Jesus à Humanidade, assim o Sacerdote nos dá Jesus na Sagrada Comunhão.



Bem dizia, pois, S. Boaventura:"Cada Sacerdote no Altar deveria ser identificado com Nossa Senhora, porque como por meio d'Ela é que nos foi dado esse Santíssimo Corpo, assim também pelas mãos dele é que Jesus deve ser-nos oferecido".E S. Francisco de Assis dizia que Nossa Senhora representa para todos os Sacerdotes um espelho para a sua santidade, por causa da estreita proximidade que há entre a Encarnação do Verbo no seio de Maria e a Consagração Eucarística entre as mãos dos Sacerdotes.

Aprendamos também nós, na escola dos Santos, a respeitar e a venerar os Sacerdotes, a rezar pela sua santificação e a ajudá-los na sua altíssima Missão.

V/. Virgem Maria, Mãe da Igreja e Rainha do Clero, rogai por nós!

R/. Abençoai os Sacerdotes, e concedei-nos santas vocações sacerdotais, religiosas e missionárias!

São Miguel


O Poder de São Miguel.

“Quem como Deus?”

Travou-se um combate no Céu: Miguel e os seus Anjos lutaram contra o Dragão. O Dragão e os seus anjos lutaram também, mas foram derrotados e perderam o seu lugar no Céu para sempre. Foi expulso o enorme Dragão, a antiga serpente, aquele que chamam Diabo e Satanás, que seduz o universo inteiro foi precipitado sobre a terra e os seus anjos foram precipitados com ele. Depois ouvi no Céu uma voz poderosa que dizia: «Agora chegou a salvação, o poder e a realeza do nosso Deus e a autoridade do seu Ungido, porque foi precipitado o acusador dos nossos irmãos, aquele que os acusava dia e noite diante do nosso Deus. Eles venceram-no, graças ao sangue do Cordeiro e à palavra do testemunho que deram, desprezando a própria vida, até aceitarem a morte. Por isso, alegrai-vos, ó Céus, e vós que neles habitais». (Apocalipse 12, 7-12ª)

“Miguel” em hebraico Mi-kha-el quer dizer “quem como Deus?”.
Era o protetor do antigo povo de Deus (Dan 10, 13.21), e que aparece agora como patrono e defensor da Igreja, o novo povo de Deus.

“O Dragão”. É identificado, com a “antiga serpente” que tentou os primeiros pais, por isso se chama antiga; é “aquele que chamam Diabo e Satanás”. Diabo é um nome grego correspondente ao hebraico Xatan (aramaico xataná), que significa caluniador, acusador, adversário.

“Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio. Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) no ares” (Ef 6,11-12).

A indicação que São Paulo fala dos demônios é muito precisa, porque os chama com o nome de sua ordem de classificação.
O diabo, como todo o mundo angélico ao qual fazia parte, é um espírito; não possui um corpo, não é sensível, deve se servir de uma forma fictícia, que assume de acordo com o que vai provocar. (Padre Gabriele Amorth).

O grande comentador das Sagradas Escrituras, Pe. Cornélio a Lapide, jesuíta do século XVI, escreve:
"Muitos julgam que Miguel, tanto pela dignidade de natureza, como de graça e de glória é absolutamente o primeiro e o Príncipe de todos os anjos. E isso se prova, primeiro, pelo Apocalipse (12, 7), onde se diz que Miguel lutou contra Lúcifer e seus anjos, resistindo à sua soberba com o brado cheio de humildade:

Quem (é) como Deus? Portanto, assim como Lúcifer é o chefe dos demônios, Miguel o é dos anjos, sendo o primeiro entre os serafins. Segundo, porque a Igreja o chama de Príncipe da Milícia Celeste, que está posto à entrada do Paraíso. E é em seu nome que se celebra a festa de todos os anjos. Terceiro, porque Miguel é hoje ao cultuado como o protetor da Igreja como outrora o foi da Sinagoga. Finalmente, em quarto lugar, prova-se que São Miguel é o Príncipe de todos os anjos, e por isso o primeiro entre os Serafins, porque diz São Basílio na Homilia De Angelis: ‘A ti, ó Miguel, general dos espíritos celestes, que por honra e dignidade estais posto à frente de todos os outros espíritos celestiais, a ti suplico...' ". ( Cornélio A LAPIDE, Commentaria in Scripturam Sacram, t. 13, pp. 112-114 )



A Santa Igreja Católica e São Miguel.



O pensamento da Igreja sobre São Miguel.

Desfraldai o estandarte do ilustre Arcanjo, repeti o seu grito:

“Quem é como DEUS?” (Pio XII em 8 de maio de 1940)

O pensamento da Igreja, a família de DEUS, no Novo Testamento, acerca da ação de São Miguel em serviço deste povo, como encarregado do Altíssimo para o defender e guardar, está bem patente na liturgia universal segundo aquela norma consagrada: “LEX ORANDI, LEX CREDENDI”, isto é, a lei que rege a oração oficial da Igreja, aprovada pelo Sumo Pontífice, é a lei que rege a nossa crença.

Além de outros documentos sobre São Miguel, dos Papas antigos, Sua Santidade João Paulo II na sua visita de 24 de maio de 1987, ao Santuário de São Miguel, no Monte Gargano, na Itália, fez um discurso. Não é uma encíclica, mas mostra-nos o pensar da Igreja sobre a atualidade do culto ao Príncipe e grande Chefe dos Anjos, no mundo de hoje.

Após o encontro com a população, João Paulo II realizou uma breve visita ao Santuário de São Miguel Arcanjo, templo ali construído para recordar as 4 aparições de São Miguel numa gruta da localidade, nos anos 490, 492, 493 e 1656.

Sua Santidade João Paulo II faz eco neste discurso daquilo que os últimos Pontífices têm dito ao povo cristão para que recorra a São Miguel, nesta luta tremenda entre as forças do bem e do mal, chefiadas, respectivamente, pelo glorioso Arcanjo chefe dos exércitos do DEUS Altíssimo e satanás, chefe dos demônios, os anjos caídos. O triunfo final e completo será de São Miguel com os seus Anjos, como dizem as Escrituras santas, que pelejaram contra o dragão, o diabo e os seus seguidores, precipitando-os para sempre nos abismos infernais.

Sua Santidade Pio IX, de gloriosa memória, escreveu: “São Miguel é quem tem maior capacidade para exterminar as forças malditas, filhos de satanás, que juraram a ruína da sociedade cristã”.

Sua Santidade S. Pio X, disse em 18 de setembro de 1903: “DEUS, na primeira luta, venceu, servindo-se do Arcanjo São Miguel; devemos, portanto, acreditar firmemente que a luta atual terminará triunfante e também como outrora com o socorro e ajuda deste Arcanjo bendito”.

Foi por estar convencido da realidade desta terrível luta final, que o predecessor de S. Pio X, o grande Papa Leão XIII, mandou que obrigatoriamente no fim de todas as Missas rezadas, os sacerdotes rezassem a oração a São Miguel que ele mesmo compôs, fez publicar e enviadas aos Ordinários em 1886.

O Papa Pio XII, conhecido como Pastor Angélico, proclamou em 8 de maio de 1940, que era urgente hoje, mais do que nunca, recorrer à proteção de São Miguel, lembrando que ele é o protetor e o defensor da Igreja e dos fiéis, o guardião do Paraíso, o apresentador das almas junto de DEUS, o Anjo da Paz e o vencedor de satanás”.


A visão diabólica do Papa Leão XIII.

Muitos de nós recordamos que, antes da reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, os celebrantes e os fiéis, no fim de cada Missa, ajoelhavam-se para rezar uma oração a Nossa Senhora (Salve Rainha) e outra a S. Miguel Arcanjo.
Reportamo-nos ao texto desta última porque é uma oração bonita que pode ser rezada por toda a gente para seu próprio benefício:

“São Miguel Arcanjo, protegei-nos no combate, sede nosso auxilio contra a malícia e ciladas do demônio. Exerça Deus sobre ele império, como instantemente vos pedimos, e Vós, Príncipe da milícia celeste, pelo divino poder, precipitai no Inferno a Satanás e os outros espíritos malignos que vagueiam pelo mundo para perder as almas. Amém”.

Como é que nasceu esta oração?

Transcrevo um artigo que foi publicado na revista: Ephemerides Liturgicae escrito pelo Pe. Domenico Pechenino em 1955, a págs. 58-59.
Uma manhã, o grande Pontífice Leão XIII tinha celebrado a Santa Missa e estava a assistir a uma outra de ação de graças, como de costume.
De repente, viu-se ele virar energicamente a cabeça, depois de fixar qualquer coisa intensamente, sobre a cabeça do celebrante. Mantinha-se imóvel, sem pestanejar, mas com uma expressão de terror e de admiração, tendo o seu rosto mudado de cor. Adivinhava-se nele qualquer coisa de estranho, de grande.

Finalmente voltando a si, bate ligeira, mas energicamente com a mão, levanta-se. Dirige-se ao seu escritório particular. Os mais próximos seguem-no com preocupação e ansiedade. E perguntam-lhe em voz baixa: Santo Padre, não se sente bem? Precisa se alguma coisa? Responde: “Nada, nada”.

Daí a uma meia hora manda chamar o Secretário da Congregação dos Ritos, e estendendo-lhe uma folha de papel, manda fazê-la imprimir e enviar a todos os Ordinários do mundo. Que assunto continha? A oração que rezávamos no fim da missa com o povo, com a súplica a Maria e a invocação ardente ao Príncipe das milícias celestes, implorando a Deus que precipite Satanás no inferno.

Naquele escrito ordenava-se igualmente que as orações fossem rezadas de joelhos. Também foi publicado no jornal La Settimana del Clero, em 30 de Março de 1947, não sendo citada a fonte que deu origem à notícia. Será contudo notada a maneira insólita como esta oração, enviadas aos Ordinários em 1886, foi mandada rezar.
Para confirmar aquilo que o Pe. Pechenino escreveu, dispomos do testemunho irrefutável do Cardeal Natalli Rocca, que na sua carta pastoral para a Quaresma, emanada de Bolonha em 1946, diz:
“Foi mesmo Leão XIII quem redigiu esta oração. A fase (Satanás e os outros espíritos malignos) que vagueiam pelo mundo para perder das almas tem uma explicação histórica que o seu secretário particular Mons. Rinaldo Angeli, nos contou várias vezes:
Leão XIII teve verdadeiramente a visão de espíritos infernais que se adensavam sobre a cidade eterna (Roma); e foi desta experiência que nasceu a oração que ele quis toda a Igreja rezasse. Esta oração rezava-a ele com voz viva e vibrante: ouvimo-la muitas vezes na Basílica do Vaticano.

Mas isto não é tudo: ele escreveu também por suas próprias mãos um exorcismo especial que figura no Ritual Romano (ed. 1954, tit. XII, c.III, pág.863 e seg.). Recomendava aos bispos e aos sacerdotes que rezassem muitas vezes estes exorcismos nas suas dioceses e paróquias. Ele próprio o fazia muitas vezes durante o dia.

Também é interessante ter em conta um outro acontecimento que reforça ainda mais o valor desta oração que se rezava no fim de cada Missa. Pio XI quis que, ao serem rezadas estas orações, se pusesse uma intenção particular pela Rússia (alocução de 30 de Junho de 1930). Nesta alocução, depois de ter lembrado as orações pela Rússia que ele próprio tinha pedido a todos os fiéis a quando da festa do Patriarca S. José (19 de março de 1930) e, depois de ter lembrado a perseguição religiosa na Rússia, concluiu com estas palavras:
“E para que todos possam sem fadiga e sem obstáculos continuar esta santa cruzada, decidimos que as orações que o nosso bem amado predecessor Leão XIII ordenou aos sacerdotes e aos fiéis que rezassem depois da Missa, sejam ditas por esta intenção particular, isto é, pela Rússia. Que os bispos e o clero secular e regular tomem ao seu cuidado informar os fiéis e aqueles que assistem ao Santo Sacrifício, e que não se esqueçam de lhes lembrar estas orações (Civiltà Cattolica, 1930, vol.III).

Conforme se pode constatar a presença aterrorizadora de Satanás foi claramente tida em conta pelo Pontífice; e a intenção que Pio XI, tinha acrescentado, visava mesmo o fundamento das falsas doutrinas difundidas no nosso século, que envenenaram não só a vida dos povos mas também dos próprios teólogos. Se a disposição tomada por Pio XI não foi respeitada, a falta deve-se àqueles a quem tinha sido confiada; inseria-se perfeitamente no âmbito dos avisos carismáticos que o Senhor havia dado à humanidade através das aparições de Fátima, embora mantendo-se independente desta: Fátima ainda era desconhecida do mundo. (Pe. Gabriele Amorth.)

O Exorcismo de Leão XIII, que nos mostra a ação nefasta do maligno, nos nossos dias, vê como é necessário recorrer à poderosa intercessão da Virgem Maria e de São Miguel, no ataque contra as forças do mal, quer se trate de males físicos como da alma. Inimigo dos homens, satanás tem inveja deles e ainda quando parece ajudá-los favorecendo-lhes uma vida de dinheiro, sensualidade e sorte, é sempre tendo em mira a sua condenação eterna.

Santa Rita de Cássia


Santa dos Impossíveis e Advogada das Causas Perdidas.
Exemplo de virtude em todos os estados de vida pelos quais passou. Sua intercessão é tão poderosa, que se tornou advogada de pessoas com problemas insolúveis


Dedicação e amor a Deus talvez sejam as qualidades que mais definam o caráter de Santa Rita de Cássia; essa mulher humaníssima agüentou como poucos a “tragédia da dor e da miséria, moral e social”.

Rita nasceu na Úmbria, bispado de Espoleto, em Roccaporena um pequeno povoado de Cásscia (Província de Perúgia) na Itália no dia 22 de maio de 1381.
Seus pais, Antonio Mancini e Amata Serri, ambos católicos praticantes, já eram de idade provavelmente casaram em 1339 e tiveram sua única filha, Rita, depois de mais de 40 anos de casados. Seu nascimento foi um grande milagre. Foi batizada, e recebeu a primeira Eucaristia na Igreja de Santa Maria dos Pobres, em Cássia.

Conta uma história que, certa vez, seus pais a levaram para o campo e, enquanto trabalhavam na roça em seus afazeres, deixaram a recém-nascida debaixo de uma árvore, na sombra num berço dormindo. Um enxame de abelhas brancas como a neve voou até a menina e girava em torno de seus lábios, como se fossem flores das mais perfumadas.
Um homem que passava por ali, e que tinha pouco antes ferido a mão, ao ver Rita e as abelhas, gritou assustado aos seus pais. As abelhas foram embora e o homem teve a mão curada naquele mesmo instante.

O CASAMENTO FORÇADO E INFELIZ.

Foi num lar católico que Rita cresceu. Antonio e Amata a educaram na fé em casa, e a ensinaram a rezar. Desde a infância, ela demonstrou uma grande afeição a Nossa Senhora e a Jesus Crucificado.
Na adolescência os 12 anos, tinha um desejo intenso de consagrar-se a Deus na vida religiosa. Em Cássia havia um mosteiro das monjas agostinianas. Seus pais, porém, já idosos, queriam que ela se cassasse.
Seu temor a Deus e a obediência que mostrava ter aos seus pais a obrigaram renunciar ao seu desejo de se entregar a religião e se fechar em um convento, para aceitar abraçar o matrimônio com um jovem rapaz da religião, tido como violento daqueles que “não levava desaforo pra casa”, chamado Paulo Ferdinando.
Rita foi obediente, casou-se. Ele se embriagava com freqüência, brigava com os amigos e, chegando em casa, espancava Rita. Houve uma ocasião em que Rita esteve à beira da morte de tanto apanhar do marido.
Foram muitas as vezes em que Rita não foi à igreja porque Paulo Ferdinando a impediu de ir. Ela, contudo, rezava por ele diante do crucifixo, pedindo pela conversão.

Durante o seu matrimônio, Santa Rita de Cássia era uma mulher doce, preocupada com o bem-estar de seu marido. Mesmo consciente de seu caráter violento, sofria, mas rezava em silêncio, oferecia tudo a Deus.
A bondade de Santa Rita de Cássia era tão aparente que seu marido foi contagiado por ela. Passado um tempo, e perseverando Rita na oração pelo seu marido, Paulo Ferdinando caiu aos seus pés, pediu perdão a ela e a Deus, e mudou sua vida e seus costumes. Rita feliz, agradeceu a graça recebida.

Rita e Paulo Ferdinando tiveram dois filhos: Tiago Antonio e Paulo Maria. Ambos foram educados na fé por seus pais e, com Rita, constantemente saíam de casa para visitar os enfermos e os pobres.


SOFRIMENTO DESDE JOVEM.


Em 1402 morreram Antonio e Amata, pais de Rita. Seu pai morreu aos 19 de março e sua mãe aos 25 do mesmo mês, com 90 anos.
Logo depois, alguns antigos inimigos de Paulo Ferdinando, por vingança o assassinaram. Os filhos, já crescidos, e influenciados por amigos, planejaram vingar a morte do pai.
Rita, ao saber do desejo dos filhos Rezou, pedindo a Deus que tirasse este desejo do coração de seus filhos, ou, se fosse vontade divina, que os levasse para a glória do Céu para obterem a salvação, mas que não fossem assassinos. Deus ouviu suas preces, ambos adoeceram, e Rita cuidou deles com amor. Depois de pouco tempo, Tiago Antonio e Paulo Maria morreram.

A mãe carregou no coração a grande dor da perda dos pais, do marido e dos filhos sem perder a fé. Perdoou publicamente os assassinos de Paulo Fernando.


A SOLIDÃO NO MUNDO.

Sozinha no mundo, Rita transformou-se numa mulher de oração. Além do trabalho doméstico, ela continuava a visitar os enfermos e os pobres.
Participava da missa no mosteiro das agostinianas. Um dia, procurou a superiora e pediu-lhe para ingressar na ordem, mas não foi aceita. Provavelmente, por ser viúva e não ser mais virgem. As irmãs tinham medo também dos inimigos de Paulo Fernando, já que eles continuavam a ameaçar Rita. Por três vezes Rita pediu para ser admitida no mosteiro, e por três vezes ouviu o “não” da superiora. Rita vivia em casa, sozinha.


MOSTEIRO DAS IRMÃS AGOSTINIANAS

Vivendo em casa, Rita vivia como se estivesse no mosteiro.
Num dia, a noite em profunda oração, ouviu um chamado: "Rita! Rita!". Abriu a porta e eram três homens que foram à sua casa. Ao acolhe-los, ela os reconheceu. Eram os seus três santos protetores: São João Batista, Santo Agostinho e São Nicolau de Tolentino.
Levantou-se e seguiu seus santos protetores. Era noite, e a porta do convento estava fortemente trancada. Eles então a levaram no interior do mosteiro das agostinianas, em Cássia. Ao amanhecer, as religiosas agostinianas ficaram estupefatas ao verem Rita, na capela do convento, rezando, sendo que a porta estava fechada.
As religiosas, a começar pela superiora, ficaram pasma com a presença de Rita, mesmo estando fechadas as portas do mosteiro. Vendo que era Deus que destinava à vida religiosa, a recebera na Ordem. Há quem veja o acontecimento afirmado que, ao ser aceita no mosteiro, Rita atribuiu a graça aos seus santos protetores.
No mosteiro, Rita mostrou-se serviçal e contemplativa. Ao mesmo tempo em que estava disponível às irmãs, servindo-as, também estava em constante oração, passando muitas horas diante de Jesus crucificado. Mesmo no mosteiro, continuou a sair para visitar os enfermos e os pobres. Enfrentou dificuldades e tentações; a tudo superou na força da fé.


OBEDIÊNCIA TAMBÉM NO CONVENTO.

Consciente de que obedecendo à superiora, obedeceria a Jesus.
Certo dia, a superiora, para pô-la a prova, pediu-lhe que, todos os dias, regasse um galho seco pela manhã e à tarde. Em sinal de obediência, Rita o fez com todo o carinho e, tempos depois, milagrosamente, o galho seco se transformou em uma bela videira. Esta ainda existe, em Cássia, e continua produzindo uvas.


O ESPINHO DA COROA DE JESUS.

A devoção a Jesus crucificado sempre foi uma constante na vida de Rita. No ano de 1443, Tiago della Marca- depois canonizado – pregou um retiro em Cássia sobre a Paixão e a Morte de Jesus.
Voltando para o mosteiro depois de uma das pregações, Rita prostrou-se diante do crucifixo, na capela, e pediu para participar de alguma forma, da Paixão do Senhor. Foi quando um espinho da coroa de Cristo se destacou e feriu profundamente sua fronte, e ela desmaiou. Ao acordar, tinha uma ferida na testa. Com o tempo, essa ferida tornou-se mal-cheirosa. Rita então passou a viver numa cela à parte, distante das demais monjas; uma religiosa levava alimento a ela, diariamente. A ferida causava muitas dores; tudo ela oferecia a Deus. Por 15 anos Rita carregou consigo a marca feita pelo espinho da coroa de Cristo.


CURAS E PEDIDOS.

O povo de Cássia, atento ao que acontecia no mosteiro, percebeu que havia algo de diferente em Rita. Muitos Ian até ela e pediam a sua intercessão, e eram atendidos. Em pouco tempo sua fama de santidade se espalhou pela região.


A PEREGRINAÇÃO A ROMA.

Em 1450 o papa Nicolau V proclamou o Ano Santo. De toda parte pessoas iam a Roma em busca de indulgências. As monjas agostinianas de Cássia tomaram a decisão de ir a Roma. Rita queria receber as indulgências plenárias - perdão de todos os pecados - mas, devido a ferida fétida e por estar doente, não obteve da superiora permissão para participar da peregrinação. Diante do crucifixo, ela rezou, pediu a Jesus que retirasse temporariamente a ferida de sua fronte, mas mantivesse a dor para que pudesse ir a Roma. E conseguiu tal milagre. Rita foi a Roma, viu o Papa, obteve as indulgências, visitou os túmulos de Pedro e Paulo e outros lugares sagrados (igrejas). A viagem foi difícil, em parte feita a pé. Rita em nenhum momento perdeu a coragem e o ânimo. Ela estava, então, com 60 anos e, durante toda peregrinação, sentiu a dor do espinho (na fronte). Ao retornar a Cássia, a ferida voltou a se abrir, e a cada dia mais pessoas a visitavam para pedir a sua intercessão diante de Deus.


O ENFRAQUECIMENTO DO CORPO.

Aos poucos a saúde de Rita foi se debilitando, até o momento em que já não mais se alimentava, vivendo apenas da Eucaristia. Permaneceu doente por quatro anos, até a morte.


O MILAGRE DA ROSA.

Já no leito de morte uma parente de Rita a visitou no inverno, quando tudo estava coberto pela neve. Ao se despedir, a parente perguntou se Rita queria algo. Ela disse que sim, e pediu uma rosa do jardim de sua antiga casa, em Roccaporena. A parente julgou que ela estava delirando; desde quando havia rosas no inverno? Para atender o pedido foi em sua antiga casa e chegando em sua vila, a surpresa: Milagrosamente em meio à neve, havia uma rosa magnífica! A parente a colheu e levou para Rita, que agradeceu a Deus por Sua bondade.


A MORTE DE SANTA RITA.

Com o corpo debilitado pela falta de alimento, Rita pediu o Viático e recebeu a Unção dos Enfermos. O tempo todo tinha, sobre o peito, um crucifixo. Morreu no dia 22 de maio de 1457, aos 76 anos de idade, e tendo passado 40 anos no mosteiro. A ferida em sua fronte cicatrizou assim que ela morreu e, em lugar do mau cheiro, passou a exalar um suave perfume. Seu rosto tornou-se sorridente, como quem está pleno de contentamento.

CORPO DE SANTA RITA APÓS A MORTE.

Uma grande multidão acorreu ao oratório do mosteiro, para velar o seu corpo. No local da ferida, apenas a marca do que fora o sinal provocado pelo espinho. Todos olhavam para ela admirados, e louvavam a Deus. Já era tida como santa pelo povo. Rita não foi sepultada; seu corpo ficou exposto no oratório até 1595, ocasião em que foi transladado para a igreja anexa ao mosteiro, hoje dedicado a ela. O seu corpo permanece intacto.

OS MILAGRES.

Muitos fatos extraordinários e milagres de Deus são atribuídos à intercessão de Santa Rita, conhecida como a SANTA DOS IMPOSSÍVEIS.
São muitas as pessoas que visitam a capela onde Rita recebeu o espinho da coroa de Cristo, bem como a igreja de Cássia, onde está o seu corpo. São inúmeros os testemunhos de conversão, milagres e curas.


A DEVOÇÃO MUNDIAL

A devoção a Rita não ficou restrita a Cássia, nem a Itália. Espalhou-se por todo o mundo. Muitas são as igrejas dedicadas a ela.


A CANONIZAÇÃO DE SANTA RITA.

Rita foi beatificada duzentos anos depois de sua morte, em 1628. O papa Leão XIII, aos 24 de maio de 1900, a canonizou.


SOCIEDADE DAS OBRAS DE CARIDADE

Um ano após a canonização de Rita, o padre Salvador Font, da Ordem dos Agostinianos, fundou a Sociedade das Obras de Caridade de Santa Rita. São senhoras que recolhem donativos e costuram roupas com as próprias mãos, para depois oferecê-las aos enfermos e pobres. São imitadoras e discípulas de Santa Rita.


AS LIÇÕES DEIXADAS POR RITA.


Eis algumas dentre muitas outras lições que podemos tirar da vida de Santa Rita de Cássia:

1. Ela colocou a vontade de Deus acima de tudo;
2. Ela foi perseverante na oração e no perdão;
3. Ela sempre esteve a serviço dos enfermos e dos pobres;
4. Ela foi fiel à Igreja;
5. Ela amou a sua família;
6. Ela transformou o sofrimento em amadurecimento humano e espiritual;
7. Ela praticou o jejum como caminho para a doação ao próximo e como comunhão com Deus;
8. Ela alimentava-se da Eucaristia, de onde tirava coragem e força;
9. Ela acreditou no amor de Deus em todos os momentos da vida e, Ela nunca se cansou de interceder por aqueles que pediam a sua intercessão.


“Rita foi reconhecida ‘santa’ não tanto pela fama dos milagres que a devoção popular atribui à eficácia de sua intercessão junto de Deus todo-poderoso, porém, muito mais pela sua assombrosa ‘normalidade’ da existência quotidiana, por ela vivida como esposa e mãe, depois como viúva e enfim como monja agostiniana” (João Paulo II, no centenário da canonização de Santa Rita de Cássia).

AS EXCELÊNCIAS DA BATINA

Pe. Jaime Tovar Patrón

Esta breve coleção de textos nos recorda a importância do uniforme sacerdotal, a batina ou hábito talar. Valha outro tanto para o hábito religioso próprio das ordens e congregações. Em um mundo secularizado, da parte dos consagrados não há melhor testemunho cristão que a vestimenta sagrada nos sacerdotes e religiosos.


“Sete excelências da batina.”


"Atente-se como o impacto da batina é grande ante a sociedade, que muitos regimes anticristãos a têm proibido expressamente. Isto nos deve dizer algo. Como é possível que agora, homens que se dizem de Igreja desprezem seu significado e se neguem a usá-la?"

Hoje em dia são poucas as ocasiões em que podemos admirar um sacerdote vestindo sua batina. O uso da batina, uma tradição que remonta a tempos antiqüíssimos, tem sido esquecido e às vezes até desprezado na Igreja pós-conciliar. Porém isto não quer dizer que a batina perdeu sua utilidade, se não que a indisciplina e o relaxamento dos costumes entre o clero em geral é uma triste realidade.

A batina foi instituída pela Igreja pelo fim do século V com o propósito de dar aos seus sacerdotes um modo de vestir sério, simples e austero. Recolhendo, guardando esta tradição, o Código de Direito Canônico impõe o hábito eclesiástico a todos os sacerdotes.

Contra o ensinamento perene da Igreja está a opinião de círculos inimigos da Tradição que tratam de nos fazer acreditar que o hábito não faz o monge, que o sacerdócio se leva dentro, que o vestir é o de menos e que o sacerdote é o mesmo de batina ou à paisana.

Sem dúvida a experiência mostra o contrário, porque quando há mais de 1500 anos a Igreja decidiu legislar sobre este assunto foi porque era e continua sendo importante, já que ela não se preocupa com ninharias.
Em seguida expomos sete excelências da batina condensadas de um escrito do ilustre Padre Jaime Tovar Patrón.


1ª RECORDAÇÃO CONSTANTE DO SACERDOTE

Certamente que, uma vez recebida a ordem sacerdotal, não se esquece facilmente. Porém um lembrete nunca faz mal: algo visível, um símbolo constante, um despertador sem ruído, um sinal ou bandeira. O que vai à paisana é um entre muitos, o que vai de batina, não. É um sacerdote e ele é o primeiro persuadido. Não pode permanecer neutro, o traje o denuncia. Ou se faz um mártir ou um traidor, se chega a tal ocasião. O que não pode é ficar no anonimato, como um qualquer. E logo quando tanto se fala de compromisso! Não há compromisso quando exteriormente nada diz do que se é. Quando se despreza o uniforme, se despreza a categoria ou classe que este representa.

2ª PRESENÇA DO SOBRENATURAL NO MUNDO

Não resta dúvida de que os símbolos nos rodeiam por todas as partes: sinais, bandeiras, insígnias, uniformes... Um dos que mais influencia é o uniforme. Um policial, um guardião, é necessário que atue, detenha, dê multas, etc. Sua simples presença influi nos demais: conforta, dá segurança, irrita ou deixa nervoso, segundo sejam as intenções e conduta dos cidadãos.

Uma batina sempre suscita algo nos que nos rodeiam. Desperta o sentido do sobrenatural. Não faz falta pregar, nem sequer abrir os lábios. Ao que está de bem com Deus dá ânimo, ao que tem a consciência pesada avisa, ao que vive longe de Deus produz arrependimento.

As relações da alma com Deus não são exclusivas do templo. Muita, muitíssima gente não pisa na Igreja. Para estas pessoas, que melhor maneira de lhes levar a mensagem de Cristo do que deixar-lhes ver um sacerdote consagrado vestindo sua batina? Os fiéis tem lamentado a dessacralização e seus devastadores efeitos. Os modernistas clamam contra o suposto triunfalismo, tiram os hábitos, rechaçam a coroa pontifícia, as tradições de sempre e depois se queixam de seminários vazios; de falta de vocações. Apagam o fogo e se queixam de frio. Não há dúvidas: o "desbatinamento" ou "desembatinação" leva à dessacralização.

3ª É DE GRANDE UTILIDADE PARA OS FIÉIS

O sacerdote o é não só quando está no templo administrando os sacramentos, mas nas vinte e quatro horas do dia. O sacerdócio não é uma profissão, com um horário marcado; é uma vida, uma entrega total e sem reservas a Deus. O povo de Deus tem direito a que o auxilie o sacerdote. Isto se facilita se podem reconhecer o sacerdote entre as demais pessoas, se este leva um sinal externo. Aquele que deseja trabalhar como sacerdote de Cristo deve poder ser identificado como tal para o benefício dos fiéis e melhor desempenho de sua missão.

4ª SERVE PARA PRESERVAR DE MUITOS PERIGOS

A quantas coisas se atreveriam os clérigos e religiosos se não fosse pelo hábito! Esta advertência, que era somente teórica quando a escrevia o exemplar religioso Pe. Eduardo F. Regatillo, S.I., é hoje uma terrível realidade.
Primeiro, foram coisas de pouca monta: entrar em bares, lugares de recreio, diversão, conviver com os seculares, porém pouco a pouco se tem ido cada vez a mais.

Os modernistas querem nos fazer crer que a batina é um obstáculo para que a mensagem de Cristo entre no mundo. Porém, suprimindo-a, desapareceram as credenciais e a mesma mensagem. De tal modo, que já muitos pensam que o primeiro que se deve salvar é o mesmo sacerdote que se despojou da batina supostamente para salvar os outros.

Deve-se reconhecer que a batina fortalece a vocação e diminui as ocasiões de pecar para aquele que a veste e para os que o rodeiam. Dos milhares que abandonaram o sacerdócio depois do Concílio Vaticano II, praticamente nenhum abandonou a batina no dia anterior ao de ir embora: tinham-no feito muito antes.

5ª AJUDA DESINTERESSADA AOS DEMAIS

O povo cristão vê no sacerdote o homem de Deus, que não busca seu bem particular se não o de seus paroquianos. O povo escancara as portas do coração para escutar o padre que é o mesmo para o pobre e para o poderoso. As portas das repartições, dos departamentos, dos escritórios, por mais altas que sejam, se abrem diante das batinas e dos hábitos religiosos. Quem nega a uma monja o pão que pede para seus pobres ou idosos? Tudo isto está tradicionalmente ligado a alguns hábitos. Este prestígio da batina se tem acumulado à base de tempo, de sacrifícios, de abnegação. E agora, se desprendem dela como se se tratasse de um estorvo?

6ª IMPÕE A MODERAÇÃO NO VESTIR

A Igreja preservou sempre seus sacerdotes do vício de aparentar mais do que se é e da ostentação dando-lhes um hábito singelo em que não cabem os luxos. A batina é de uma peça (desde o pescoço até os pés), de uma cor (preta) e de uma forma (saco). Os arminhos e ornamentos ricos se deixam para o templo, pois essas distinções não adornam a pessoa se não o ministro de Deus para que dê realce às cerimônias sagradas da Igreja.

Porém, vestindo-se à paisana, a vaidade persegue o sacerdote como a qualquer mortal: as marcas, qualidades do pano, dos tecidos, cores, etc. Já não está todo coberto e justificado pelo humilde hábito religioso. Ao se colocar no nível do mundo, este o sacudirá, à mercê de seus gostos e caprichos. Haverá de ir com a moda e sua voz já não se deixará ouvir como a do que clamava no deserto coberto pela veste do profeta vestido com pêlos de camelo.

7ª EXEMPLO DE OBEDIÊNCIA AO ESPÍRITO E LEGISLAÇÃO DA IGREJA

Como alguém que tem parte no Santo Sacerdócio de Cristo, o sacerdote deve ser exemplo da humildade, da obediência e da abnegação do Salvador. A batina o ajuda a praticar a pobreza, a humildade no vestiário, a obediência à disciplina da Igreja e o desprezo das coisas do mundo. Vestindo a batina, dificilmente se esquecerá o sacerdote de seu importante papel e sua missão sagrada ou confundirá seu traje e sua vida com a do mundo.

Estas sete excelências da batina poderão ser aumentadas com outras que venham à tua mente, leitor. Porém, sejam quais forem, a batina sempre será o símbolo inconfundível do sacerdócio, porque assim a Igreja, em sua imensa sabedoria, o dispôs e têm dado maravilhosos frutos através dos séculos.
Notas:

- O autor: Padre Jaime Tovar Patrón, coronel capelão, ocupou importantes responsabilidades no Vicariato Castrense. Oriundo de Extremadura, Espanha, foi grande orador sacro. Autor do livro Los curas de la Cruzada, autêntica enciclopédia dos heróicos sacerdote que desenvolveram seu trabalho pastoral entre os combatentes da gloriosa Cruzada de 1936. É, ademais, uma história do sacerdócio castrense. Faleceu em janeiro de 2004.

- Código de Direito Canônico (1983): Livro II, I Parte, Título III, Capítulo III:
Cân. 284 Os clérigos usem hábito eclesiástico conveniente, de acordo com as normas dadas pela Conferência dos Bispos e com os legítimos costumes locais.
Cân. 285 § 1. Os clérigos se abstenham completamente de tudo o que não convém ao seu estado, de acordo com as prescrições do direito particular.
§ 2. Os clérigos evitem tudo o que, embora não inconveniente, é, no entanto, impróprio ao estado clerical.

- Convém recordar: muitos sacerdotes e religiosos mártires pagaram com seu sangue o ódio à fé e à Igreja desencadeado nas terríveis perseguições religiosas dos últimos séculos. Muitos foram assassinados simplesmente por vestirem a batina. O sacerdote que veste a batina é para todos um modelo de coerência com os ideais que professa, à vez que honra o cargo que ocupa na sociedade cristã.

Se bem é certo que o hábito não faz o monge, também é certo que o monge veste hábito e o veste com honra. Que podemos pensar do militar que despreza seu uniforme? O mesmo que do vigário que despreza sua batina!

O PODER DO SANTO ROSÁRIO.



São Luís Maria Grignion de Montfort (1673 –1716), grande apóstolo de Maria Santíssima, escreveu:

“A Santíssima Virgem revelou ao Bem-aventurado Alain de la Roche que, depois do Santo Sacrifício da Missa, que é o primeiro e mais vivo memorial da Paixão de Jesus Cristo, não havia devoção mais excelente e meritória que o Rosário, que é como que um segundo memorial e representação da vida e da Paixão de Jesus Cristo”.

Assim sendo, depois da Santa Missa o Santo Rosário é a mais poderosa arma de eficácia comprovada contra Satanás e seus sequazes, que procuram perder as almas.
É um meio de salvação dos mais poderosos e eficazes que nos foi oferecido pela Divina Providência.
O Rosário soluciona inúmeros problemas, assegura a salvação eterna e antecipa a implantação no mundo do Reino do Imaculado Coração de Maria.


Devoção do Santo Rosário ao longo do tempo (Histórico).

Segundo respeitosa tradição, Nossa Senhora revelou a devoção ao Rosário a São Domingos de Gusmão, em 1214, como meio para salvar a Europa de uma heresia.
Eram os albigenses, que, como uma epidemia maldita, contagiavam com seus erros outros países, a partir do norte da Itália e da região de Albi, no sul da França. De onde o nome de albigenses atribuído a esses hereges, conhecidos também como cátaros (do grego: puros), pois assim soberbamente se auto-nomeavam.

Eram lobos disfarçados com pele de ovelha, infiltraram-se nos meios católicos para melhor enganar e captar simpatia. Tais hereges pregavam, entre outros erros, o panteísmo, o amor livre, a abolição das riquezas, da hierarquia social e da propriedade particular — salta aos olhos a semelhança com o comunismo.

Várias regiões da Europa do século XIII ficaram infestadas pela heresia albigense, e toda a reação católica visando contê-la mostrava-se ineficaz. Os hereges, após conquistar muitas almas, destruir muitos altares e derramar muito sangue católico, pareciam definitivamente vitoriosos.

São Domingos (mais tarde fundador da Ordem Dominicana) intrepidamente empenhou-se no combate à seita albigense, não conseguindo, porém, sobrepujar o ímpeto dos hereges, que continuavam pervertendo os fiéis católicos. E os que não se pervertiam eram massacrados.

Desolado, São Domingos suplicou à Virgem Santíssima que lhe indicasse uma eficaz arma espiritual capaz de derrotar aqueles terríveis adversários da Santa Igreja.


Rosário esmaga heresia albigense

Quando tudo parecia perdido, Nossa Senhora interveio nos acontecimentos para salvar a Cristandade desse mal.

O Bem-aventurado Alain de la Roche (1428 – 1475), célebre pregador da Ordem Dominicana, no livro Da dignidade do Saltério, narra a aparição de Nossa Senhora a São Domingos, em 1214. Nessa aparição, Ela ensina aquele Santo a pregar o Rosário (também chamado Saltério de Maria, em lembrança dos 150 salmos de Davi) para salvação das almas e conversão dos hereges. Na obra de São Luís Grignion de Montfort acima citada, ele transcreve tal narração:

Vendo São Domingos que os crimes dos homens criavam obstáculos à conversão dos albigenses, entrou em um bosque próximo a Toulouse e passou nele três dias e três noites em contínua oração e penitência, não cessando de gemer, de chorar e de macerar seu corpo com disciplinas para aplacar a cólera de Deus, até cair meio morto.

A Santíssima Virgem, acompanhada de três princesas do Céu, lhe apareceu e disse:

— Sabes tu, meu querido Domingos, de que arma se serviu a Santíssima Trindade para reformar o mundo?

— Ó Senhora! – respondeu ele – Vós o sabeis melhor do que eu, porque depois de vosso Filho Jesus Cristo, fostes o principal instrumento de nossa salvação’.

Ela acrescentou:

— Saiba que a peça principal da bateria foi a saudação Angélica, que é o fundamento do Novo Testamento; e portanto, se queres ganhar para Deus estes corações endurecidos, reza meu Saltério.

O Santo se levantou muito consolado e abrasado de zelo pelo bem daquela gente; entrou na igreja catedral; no mesmo momento os sinos tocaram, pela intervenção dos anjos, para reunir os habitantes. No princípio da pregação, formou-se uma espantosa tormenta; a terra tremeu, o sol se obscureceu, os repetidos trovões e os relâmpagos fizeram estremecer e empalidecer os ouvintes; e aumentou seu terror ao ver uma imagem da Santíssima Virgem, exposta em lugar proeminente, levantar os braços três vezes ao Céu para pedir a Deus vingança contra eles, se não se convertessem e não recorressem à proteção da Santa Mãe de Deus.

O Céu queria por esses prodígios aumentar a nova devoção do santo Rosário e torná-la mais notória.

A tormenta cessou por fim, pelas orações de São Domingos. Ele continuou seu sermão, e explicou com tanto fervor e entusiasmo a excelência do santo Rosário, que os moradores de Toulouse (um dos principais focos da heresia) o abraçaram quase todos e renunciaram a seus erros, vendo-se em pouco tempo uma grande mudança na vida e nos costumes da cidade.


Melhor artilharia contra o demônio e sequazes.

Empunhando a potente arma do Rosário, São Domingos retornou ao combate, pregando incansavelmente na França, Itália e Espanha a devoção que a própria Senhora do Rosário lhe ensinara, e por todas as partes reconquistava as almas: os católicos tíbios se afervoravam, os fervorosos se santificavam; as ordens religiosas floresciam; convertia os hereges, que, abjurando seus erros, voltavam à Igreja aos milhares; os pecadores se arrependiam e faziam penitência; expulsava os demônios de possessos; operava milagres e curas. Somente na Lombardia, o ardoroso cruzado do Rosário converteu mais de 100 mil hereges albigenses.
Tudo por meio da melhor artilharia contra o demônio e seus seguidores: o Santo Rosário.

O herói Conde Simão de Montfort.

Mas restavam ainda aqueles hereges empedernidos, que não se convertiam de nenhum modo, e procuravam reverter a derrota fazendo estragos em alguns outros países. Para resolver o problema, Nossa Senhora, além do heróico São Domingos, suscitou outro herói para erradicar da Europa a heresia: o admirável Conde Simão de Montfort. O primeiro empunhou como arma o Rosário, o segundo empunhou a espada. Uma combinação perfeita: o espírito de oração com o espírito de cruzada em defesa da Fé Católica.

A história de Simão de Montfort é, além de admirável, extensa. Citemos a propósito, apenas de passagem, um trecho extraído do livro de São Luís Grignion de Montfort (o sobrenome de ambos é o mesmo, embora, segundo parece, não fossem parentes – pelo menos não há dados concludentes a respeito):

Quem poderá contar as vitórias que Simão, Conde de Montfort, obteve contra os albigenses sob a proteção de Nossa Senhora do Rosário? Foram tão notáveis, que jamais se viu no mundo coisa parecida. Com quinhentos homens, desbaratou um exército de dez mil hereges.
Outra vez, com trinta homens, venceu a três mil. Depois, com mil infantes e quinhentos cavaleiros, fez em pedaços o exército do rei de Aragão, composto de cem mil homens, perdendo somente oito soldados de infantaria e um de cavalaria.

Livre a França da heresia albigense, a devoção ao Santo Rosário atravessou as fronteiras. São Domingos pregou incansavelmente, até o fim de seus dias, esta milagrosa e eficientíssima devoção nos países vizinhos, colhendo neles semelhantes frutos. Atravessou não somente as fronteiras européias, mas os continentes e também os séculos, uma vez que, até os presentes dias, o Rosário é rezado com grande fruto em todos os países do mundo.


Os Papas recomendam o Rosário

Pio IX: “Assim como São Domingos se valeu do Rosário como de uma espada para destruir a nefanda heresia dos albigenses, assim também hoje os fiéis exercitando o uso desta arma — que é a reza cotidiana do Rosário — facilmente conseguirão destruir os monstruosos erros e impiedades que por todas as partes se levantam” (Encíclica Egregiis, de 3 de dezembro de 1856).

Leão XIII: “Queira Deus — é este um ardente desejo Nosso — que esta prática de piedade retome em toda parte o seu antigo lugar de honra! Nas cidades e aldeias, nas famílias e nos locais de trabalho, entre as elites e os humildes, seja o Rosário amado e venerado como insigne distintivo da profissão cristã e o auxílio mais eficaz para nos propiciar a divina clemência” (Encíclica Jucunda semper, de 8 de setembro de 1894).

São Pio X: “O Rosário é a mais bela e a mais preciosa de todas as orações à Medianeira de todas as graças: é a prece que mais toca o coração da Mãe de Deus. Rezai-o todos os dias”.

Bento XV: “A Igreja, sobretudo por meio do Rosário, sempre encontrou nEla a Mãe da graça e a Mãe da misericórdia, precisamente conforme tem o costume de saudá-La. Por isso, os Romanos Pontífices jamais deixaram passar ocasião alguma, até o presente, de exaltar com os maiores louvores o Rosário mariano, e de enriquecê-lo com indulgências apostólicas”.

Pio XI: “Uma arma poderosíssima para pôr em fuga os demônios .... Ademais, o Rosário de Maria é de grande valor não só para derrotar os que odeiam a Deus e os inimigos da Religião, como também estimula, alimenta e atrai para as nossas almas as virtudes evangélicas” (Encíclica Ingravescentibus malis, de 29 de setembro de 1937).

Pio XII: “Será vão o esforço de remediar a situação decadente da sociedade civil, se a família, princípio e base de toda a sociedade humana, não se ajustar diligentemente à lei do Evangelho. E nós afirmamos que, para desempenho cabal deste árduo dever, é sobretudo conveniente o costume do Rosário em família” (Encíclica Ingruentium malorum, de 15 de setembro de 1951).

João XXIII: “Como exercício de devoção cristã, entre os fiéis de rito latino, .... o Rosário ocupa o primeiro lugar depois da Santa Missa e do Breviário, para os eclesiásticos, e da participação nos Sacramentos, para os leigos” (Carta Apostólica Il religioso convegno, de 19 de setembro de 1961).

Paulo VI: “Não deixeis de inculcar com toda a diligência e insistência o Rosário marial, forma de oração tão grata à Virgem Mãe de Deus e tão freqüentemente recomendada pelos Romanos Pontífices, pela qual se proporciona aos fiéis o mais excelente meio de cumprir de modo suave e eficaz o preceito do Divino Mestre: ‘Pedi e recebereis, buscai e achareis, batei e abrir-se-vos-á’ (Mt. 7, 7)” (Encíclica Mense maio, de 19 de abril de 1965).

João Paulo II: “O Rosário, lentamente recitado e meditado — em família, em comunidade, pessoalmente — vos fará penetrar pouco a pouco nos sentimentos de Jesus Cristo e de sua Mãe, evocando todos os acontecimentos que são a chave de nossa salvação” (Alocução de 6 de maio de 1980).


Inimigos internos e externos vencidos pelo Rosário

Como acabamos de ver, São Domingos, com a cruzada de orações que empreendeu por meio do Rosário, derrotou os inimigos internos da Igreja vencendo a seita albigense infiltrada entre os católicos. Veremos agora um exemplo histórico de como o Santo Rosário derrotou inimigos externos da Cristandade.

No século XVI, o poderio otomano (sobretudo o Império turco, de religião muçulmana) crescia espantosamente e tudo empreendia para aniquilar e dominar a Europa cristã. Os turcos já haviam conquistado Constantinopla e ocupado a ilha de Chipre, de onde pretendiam marchar em direção ao Ocidente.

Em face do iminente perigo para a Cristandade, o Sumo Pontífice de então, o Papa São Pio V, conclamou os príncipes europeus a se unirem numa frente comum contra o inimigo. Reuniu uma pequena esquadra composta com o apoio de Felipe II da Espanha, das Repúblicas de Veneza e de Gênova e do Reino de Nápoles, além de um contingente dos Estados Pontifícios.

São Pio V não desanimou ante a desproporção das forças, pois confiava mais na proteção de Deus e de sua Santíssima Mãe. Entregou ao generalíssimo D. João d’Áustria o comando da esquadra e deu-lhe um estandarte com a imagem de Nossa Senhora, pedindo-lhe que partisse logo ao encontro do inimigo.


Batalha de Lepanto: vitória salvadora.

436 anos, em 7 de outubro de 1571, a esquadra católica, composta de aproximadamente 200 galeras, concentrou-se no golfo de Lepanto. D. João d’ Áustria mandou hastear o estandarte oferecido pelo Papa e bradou: “Aqui venceremos ou morremos”, e deu a ordem de batalha contra os seguidores de Maomé. Os primeiros embates foram favoráveis aos muçulmanos, que, formados em meia-lua, desfecharam violenta carga. Os católicos, com o Terço ao pescoço, prontos a dar a vida por Deus e tirar a dos infiéis, respondiam aos ataques com o máximo vigor possível.

Mas, apesar da bravura dos soldados de Cristo, a numerosíssima frota do Islã, comandada por Ali-Pachá, parecia vencer. Após 10 horas de encarniçado embate, os batalhadores católicos receavam a derrota, que traria graves conseqüências para a Civilização Cristã européia. Mas, ó prodígio! Ficaram surpresos ao perceberem que, inexplicavelmente e de repente, os muçulmanos, apavorados, bateram em retirada...

Obtiveram mais tarde a explicação: aprisionados pelos católicos, alguns mouros confessaram que uma brilhante e majestosa Senhora aparecera no céu, ameaçando-os e incutindo-lhes tanto medo, que entraram em pânico e começaram a fugir.

Logo no início da retirada dos barcos muçulmanos, os católicos reanimaram-se e reverteram a batalha: os infiéis perderam 224 navios (130 capturados e mais de 90 afundados ou incendiados), quase 9.000 maometanos foram capturados e 25.000 morreram. Ao passo que as perdas católicas foram bem menores: 8.000 homens e apenas 17 galeras perdidas.

Vitória alcançada pelo Rosário.

Enquanto se travava a batalha contra os turcos em águas de Lepanto, a Cristandade rogava o auxílio da Rainha do Santíssimo Rosário. Em Roma, o Papa São Pio V pediu aos fiéis que redobrassem as preces. As Confrarias do Rosário promoviam procissões e orações nas igrejas, suplicando a vitória da armada católica.

O Pontífice, grande devoto do Rosário, no momento em que se dava o desfecho da famosa batalha, teve uma visão sobrenatural, na qual ele tomou conhecimento de que a armada católica acabara de obter espetacular vitória. E imediatamente, exultando de alegria, voltou-se para seus acompanhantes exclamando: “Vamos agradecer a Jesus Cristo a vitória que acaba de conceder à nossa esquadra”.

A milagrosa visão foi confirmada somente na noite do dia 21 de outubro (duas semanas após o grande acontecimento), quando, por fim, o correio chegou a Roma com a notícia. São Pio V tinha meios mais rápidos para se informar...

Em memória da estupenda intervenção de Maria Santíssima, o Papa dirigiu-se em procissão à Basílica de São Pedro, onde cantou o Te Deum Laudamus e introduziu a invocação Auxílio dos Cristãos na Ladainha de Nossa Senhora. E para perpetuar essa extraordinária vitória da Cristandade, foi instituída a festa de Nossa Senhora da Vitória, que, dois anos mais tarde, tomou a denominação de festa de Nossa Senhora do Rosário, comemorada pela Igreja no dia 7 de outubro de cada ano.

Ainda com o mesmo objetivo, de deixar gravado para sempre na História que a Vitória de Lepanto se deveu à intercessão da Senhora do Rosário, o senado veneziano mandou pintar um quadro representando a batalha naval com a seguinte inscrição: “Non virtus, non arma, non duces, sed Maria Rosarii victores nos fecit”. (Nem as tropas, nem as armas, nem os comandantes, mas a Virgem Maria do Rosário é que nos deu a vitória).

Milagre: tropas soviéticas retiram-se da Áustria

Expulsos pelo Rosário Sem armas e sem sangue, Áustria se liberta dos comunistas.

Após a II Guerra Mundial, parte do território austríaco ficou sob domínio comunista. Tudo foi feito para que os russos se retirassem, todos os meios diplomáticos foram empregados. Contudo parecia impossível obter a retirada dos tiranos soviéticos que oprimiam o país católico.

Através da recitação do Rosário, a nação austríaca inteira implorou a libertação a Nossa Senhora de Fátima, pois só um milagre a salvaria.

Foi constituído um movimento chamado Rosenkranzsühnekreuzzug (Cruzada Reparadora do Santo Rosário), por iniciativa do Padre capuchinho Petrus Pavlicek (1902 – 1982). Em todas as cidades, vilas e aldeias crescia o número de pessoas que aderiam ao movimento, comprometendo-se a rezar o Rosário numa determinada hora. De tal modo que, 24 horas por dia, sempre havia austríacos rezando, rogando à Virgem Santíssima pela libertação do país do jugo comunista.

Muitas procissões foram organizadas nessa intenção. A maior delas talvez tenha sido a realizada em 12 de setembro de 1954: uma enorme procissão “aux flambeaux” (com tochas) em homenagem a Nossa Senhora de Fátima, da qual participaram muitas autoridades.

500 mil austríacos já haviam aderido a essa Cruzada de orações em 1955. A Senhora do Rosário atendeu as insistentes súplicas, e o impossível – naturalmente falando – ocorreu: em maio de 1955 as tropas soviéticas abandonaram o território austríaco. Um autêntico milagre!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

O sacramento da Penitência


DOUTRINA CATÓLICA
I. Introdução
II. Matéria
III. Forma
IV. Ministro
V. Partes da Penitência
VI. Efeitos da Penitência
VII. Exame de Consciência
VIII. Dor ou arrependimento
IX. Propósito
X. Acusação dos pecados ao confessor
XI. Modo de se confessar
XII. Absolvição
XIII. Satisfação ou penitência
XIV. Frutos da boa confissão
XV. Indulgências
LEITURA ESPIRITUAL
OS SETE SALMOS PENITENCIAIS
Salmo VI
Salmo XXXI
Salmo XXXVII
Salmo L
Salmo CI
Salmo CXXIX
Salmo CXLII
ORAÇÕES PARA ANTES DA CONFISSÃO
ATO DE CONTRIÇÃO E BOM PROPÓSITO
ORAÇÕES PARA DEPOIS DA CONFISSÃO
EXAME DE CONSCIÊNCIA
1 - Contra os Mandamentos de Deus
2 - Contra os Mandamentos da Igreja
3- As obras de Misericórdia espirituais e corporais
4 - Os Pecados Capitais
5 - Blasfêmias contra o Coração Imaculado de Maria
6 - Nove maneiras de ser cúmplice do pecado de outrem
7 - O exame dos pecados veniais de Santo Antônio Maria Claret

Exame de Consciência e Progresso Espiritual



Para evitar o contágio de alguma doença, é natural que se tomem todos os cuidados possíveis, todos os remédios prescritos e se façam todos os gastos necessários.

Se para salvar nosso corpo, que é mortal, são normais todos estes cuidados, muito maiores devem ser aqueles a serem tomados para obter a salvação de nossas almas, que são imortais. Infelizmente há muito mais preocupação em salvar o corpo, que morrerá um dia, do que a alma, que deverá prestar contas a Deus. O pecado, para a alma, é um mal análogo à doença que ataca o corpo. Então, que cuidados devemos tomar para evitar esse pecado, que pode causar a morte eterna da alma!...

Consideremos um eficiente remédio que o Venerável Padre Alonso Rodríguez, S.J. (1526 - 1616), nos apresenta para evitar o pecado: o exame de consciência.


Conselho de São João Crisóstomo

"São João Crisóstomo, ao comentar as palavras do real Profeta David (Sal. 4, 5): `Refleti nos vossos corações, nos vossos aposentos', trata deste exame e aconselha que seja feito cada noite, antes de deitar. E para isso aponta duas boas razões.

"A primeira, é para que no dia seguinte nos encontremos mais dispostos e preparados para não pecar, nem cair nas mesmas faltas que hoje caímos. Porque, tendo hoje nos examinado e arrependido delas, e feito propósito de emenda, claro está que isto servirá como freio para não voltar a cometê-las amanhã.

"A segunda é que, mesmo para o dia de hoje, servirá como freio sabermos que à noite devemos nos examinar, dar conta do que fizemos. Isto nos fará andar com mais atenção e viver com mais recato. Pois, assim como um senhor -- diz São João Crisóstomo -- não consente que seu encarregado de compras deixe de prestar contas cada dia, para não haver descuidos e esquecimentos que sejam motivo de contas mal prestadas, assim também devemos nos examinar cada dia, para que o descuido e o esquecimento não conturbe as contas que devemos prestar.

Cortar a erva daninha

A alma que não é cuidadosa em examinar-se, é semelhante à vinha do homem preguiçoso, da qual diz o Sábio (Prov., 24, 30-31) que passou por ela e viu que estava caída e cheia de urtigas e espinhos: `Passei pelo campo do homem preguiçoso, e pela vinha do homem insensato; e vi que tudo estava cheio de urtigas, e que os espinhos cobriam a sua superfície, e que o muro de pedra estava caído'. Assim está a alma daquele que não se preocupa em examinar sua consciência, como uma vinha que não se cuida, abandonada, repleta de ervas daninhas e espinhos.

"Nesta má terra de nossa carne nunca deixam de brotar algumas ervas daninhas. Assim, é preciso andar sempre com a enxada na mão, arrancando a má erva e a má semente que brota. Para isto serve o exame de consciência, como enxada, para cortar e arrancar o vício e o mal sinistro que começa a brotar, não o deixando
progredir nem criar raízes".

(Ejercicio de perfección y virtudes cristianas, por el Padre Alonso Rodríguez S.J., Editorial Testimonio de Autores Catolicos Escogidos S/A., Madrid, 1985, pp. 402-404).

A “Salve Rainha”, canto de guerra para as Cruzadas completado por São Bernardo

Quantas vezes dos lábios piedosos a todo momento, um pouco por toda parte, se levanta ao Céu a oração Salve Rainha! Salve Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura, esperança nossa, Salve, etc., etc.

Mas, quantos sabem qual é a sua origem? Sabem que foi composta especificamente como um canto de guerra para os Cruzados?

Pois bem, eis a origem dela.Ela é atribuída ao bispo de Puy, Dom Adhemar de Monteuil, membro do Concílio de Clermont, onde foi resolvida a primeira Cruzada. Adhemar seguiu a Cruzada na qualidade de legado apostólico e compôs a Salve Rainha, ou Salve Regina em latim, para que se tornasse o canto de guerra dos cruzados.



A princípio, a antífona acabava por estas palavras: nobis post hoc exilium ostende. A tríplice invocação que a termina presentemente foi acrescentada por São Bernardo, e merece ser narrado como se fez.


Na véspera do Natal do ano de 1146, S. Bernardo, mandado para a Alemanha como legado do Papa, fazia sua entrada solene na cidade de Spire, depois de uma viagem memorável na qual os milagres foram numerosos.


O bispo, o clero, os cidadãos todos, com grande pompa vieram ao encontro do santo e conduziram-no, ao toque dos sinos e dos cânticos sagrados, através da cidade até a porta da capital, onde o imperador e os príncipes germânicos o receberam com todas as honras devidas ao legado do Papa.Enquanto o cortejo penetrava no recinto sagrado, o coro cantou a Salve Rainha, antífona predileta do piedoso abade de Claraval.Bernardo, conduzido pelo imperador em pessoa e rodeado da multidão do povo, ficou profundamente comovido com o espetáculo que presenciara.

Acabado o canto, prostrando-se três vezes,
Bernardo acrescentou de cada vez uma das
aclamações, enquanto caminhava para o altar
sobre o qual brilhava a imagem de Maria: O
clemens! O Pia! O dulcis Virgo Maria! — Ó
clemente! Ó piedosa! Ó doce Virgem Maria!
(“Maria ensinada à mocidade” - Livraria Francisco Alves, Rio, 1915)

Excelente artigo p/ quem prega igualdade .......

Santa Hildegarda de Bingen


Interrogada por que só admitia em seu convento damas de alta linhagem, quando o Senhor se rodeara de gente humilde, escreveu Santa Hildegarda:


“Deus vela junto de cada homem para que as classes baixas nunca se elevem sobre as altas, como fizeram outrora Satanás e o primeiro homem, que quiseram exaltar-se acima de seu próprio estado.


“Quem há que guarde num só estábulo todo o seu rebanho, bois e jumentos, ovelhas e carneiros? Por isso devemos velar para que o povo não se apresente todo misturado num só rebanho. De outro modo produzir-se-ia horrorosa depravação dos costumes, e todos se dilacerariam mutuamente, levados pelo ódio recíproco ao ver como as classes altas se rebaixariam ao nível das classes baixas, e estas se alçariam até a altura daquelas.

“Deus divide seu povo sobre a terra em diferentes classes, como no Céu classifica seus anjos em diferentes grupos. Porém Deus ama a todos igualmente”.