segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Primeira Comunhão


Texto enviado por: Maria Ap. Bonometti

Em geral, tudo aquilo que se faz pela primeira vez é lembrado sempre, principalmente quando se trata de um acontecimento de suma importância.

Por isso, nossa Primeira Comunhão fica gravada de forma indelével em nossa memória.

Abaixo, um relato ocorrido entre o grande Papa São Pio X e um menino de 4 anos.

O Papa São Pio X desejava que se levasse as crianças a receber Nosso Senhor Jesus Cristo na Sagrada Eucaristia antes que a sombra do mal os tocasse.

Em 10 de agosto de 1910, ele lançou um decreto obrigando os padres do mundo a ministrar a Sagrada Comunhão às crianças, desde que estas sejam capazes de distinguir a eucaristia de um alimento comum.

Mas, antes de assinar o famoso documento, São Paio X suplicava à Providência que o iluminasse.“Senhor”, repetia ele, “dizei-me o que devo fazer”.

Eis que, certo dia, lhe comunicam que uma senhora inglesa, acompanhada de seu filho de quatro anos solicitara uma audiência. São Pio X os atende.


No meio da conversa, o menino se aproxima, e coloca sua mão sobre o joelho do Papa. Fato que rompia todo tipo de protocolo. A mãe, espantada, exclama o nome do filho apressando em o corrigir.

Deixe-o, diz o Papa, e com aquele olhar de bondade que caracterizava o grande Papa Santo, fala para o menino:Meu filho, tu tens alguma coisa em teu coração, eu sei. Diga-me o que é.

O menino diz: Padre, quando poderei fazer minha Primeira Comunhão?


São Pio X fecha os olhos, e lembra que, quando ele era menino, tinha feito a mesma pergunta a seu vigário, e este tinha-lhe respondido: “Tu é muito jovem ainda. Mas queres ser sacerdote e, quem sabe, um dia serás Papa. Poderás fazer muitas mudanças.

O menino olha estranhado para São Pio X, que está de olhos fechados.

“Dormis, Santo Padre”, lhe pergunta, com grande espanto da mãe.”Não, não durmo”, diz o Papa. E pergunta à criança: “A quem você receberá na Santa Comunhão?” “Jesus Cristo”, responde o menino. ”E quem é Jesus Cristo?” ”Jesus Cristo é o filho de Deus.”


Senhora, diz São Pio X, traga-me o menino amanhã, às 6h da manhã. Eu mesmo lhe darei a Primeira Comunhão na minha capela privada. E, olhando para o menino, diz: “Meu filho, tu não esperarás nem um dia mais”

E, no dia seguinte, bem cedo, o menino e 4 anos recebeu a Primeira Comunhão das mãos do Papa São Pio X.

Claro que esse foi um fato excepcional. A Igreja põe muito cuidado para que aquele que vai fazer a Primeira Comunhão se prepare adequadamente, e chegue a esse grandioso dia sabendo bem o que vai fazer, a Quem vai receber.

Nesse caso específico, tudo indica que o Papa Santo recebeu uma inspiração do Céu, por isso viu que aquele menino tinha verdadeiro amor a Deus, verdadeiro desejo de receber a Sagrada Comunhão. Viu que ele estava preparado para receber Nosso Senhor Jesus Cristo na Sagrada Eucaristia.


Nosso Senhor Jesus Cristo entrou no coração dessa criança. Quantos anjos terão acompanhado o sono desse menino naquela noite. Quantos anjos terão assistido o momento em que ele recebeu a Primeira Comunhão das mãos do Papa.

Poucos são os que tiveram a graça de receber a Sagrada Comunhão das mãos de um Papa. Mas não é necessária uma situação especial como essa para fazer uma Comunhão bem feita.

O mais importante é estarmos com a alma digna para receber o Deus do Universo, que não estejamos em estado de pecado grave e tenhamos nos confessado regularmente. O mesmo Nosso Senhor Jesus Cristo que essa criança recebeu, recebemos nós também. Em nossa Primeira Comunhão, e em cada uma das comunhões que fazemos.

É verdade de fé que, na hóstia consagrada, está o corpo, sangue, alma e divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Sim, Ele mesmo. Do jeito que andava nesta terra, pregava e convivia com os Apóstolos.

Recebemos Nosso Senhor no momento em que nós queremos.


Santo Inácio de Loyola diz que, no Sacrário, Nosso Senhor está à espera de que nós Lhe peçamos para recebê-Lo. Então, você entra na igreja, se aproxima para comungar e, no momento em que você recebe Nosso Senhor, Ele fala à sua alma e lhe diz:

“Meu filho, Eu o estava esperando. Quero entrar em seu coração. Quero mostrar-lhe que Eu lhe quero bem. Que desejo lhe conceder favores e graças. Que estou disposto a perdoa-lo, a consola-lo, a protege-lo”. Nosso Senhor quer tanto que nós O recebamos, que consente em vir a nós no momento em que nós queremos.
Lembremos que, em Fátima, Nossa Senhora, antes de Ela Mesma aparecer pessoalmente aos três pastorinhos, enviou-lhes o Anjo de Portugal, que lhes ministrou a Sagrada Comunhão.


O importante é receber a Deus.

Em cada uma de nossas Comunhões, recebemos o Mesmo Nosso Senhor Jesus Cristo recebido pelo menino de quatro anos.

Muito mais importante que a circunstância em recebemos a comunhão, é que, ao comungarmos, recebemos Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo, que na hóstia consagrada está com seu corpo, sangue, alma e divindade.

Uma vez que é tão maravilhoso, tão benfazejo comungarmos, o resultado lógico é que deveríamos comungar com freqüência. Mas é preciso fazer uma consideração muito importante.

É preciso estar realmente em condições de comungar. Preparados para comungar. E isso significa estarmos limpos de pecados graves que, por desgraça, tenhamos cometido.

Comungar seguido, sim. Mas isso não significa comungar de qualquer jeito. É preciso lembrar que comungar em pecado mortal é um horrível sacrilégio.

A pessoa que está em pecado mortal deve fazer antes uma boa confissão, para obter o perdão de seus pecados e, aí sim, poder comungar.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Modéstia Cristã



"Que a mulher não se vista igual ao homem, nem o homem se vista igual a mulher: aquele que o fizer será abominável diante do Senhor, seu Deus" (Dt 22,5) Por respeito à igreja, que é a casa de Deus, lembro às senhoras e moças que, observando a modéstia cristã, não entrem nas igrejas de calças compridas, saias acima do joelho, muito justas, transparentes ou decotadas.E nem de mini-blusa ou blusa sem manga.Já para os homens, comvêm também lembrar que não entrem nas igrejas com shorts, bermudas e camisetas sem manga ("Cavada").Devo também lembrar que convém às mulheres terem a cabeça coberta dentro da igreja, conforme a palavra de São Paulo Apóstolo: "Por acaso é decente que uma mulher reze a Deus sem estar coberta com véu?" (I Cor 11,13).O Papa São Pio X, também nos alerta sobre esse assunto, dizendo:"No ato de receber a sagrada comunhão, (...) as senhoras e meninas devem estar com a cabeça coberta" (Catecismo Maior do Papa São Pio X, top. 640)Também disse São Paulo Apóstolo:"É impróprio para uma mulher falar na assembléia (I Cor 14,35)"."A mulher ouça a instrução em silêncio, com espírito de submissão.Não permito à mulher que ensine nem que se arrogue autoridade sobre o homem, mas permaneça em silêncio (I Tm 2,11-12)"."As meninas e senhoras que se apresentarem imodestamente vestidas, sejam afastadas da Sagrada Comunhão e não admitidas a servir de madrinhas nos Sacramentos de Batismo e da Confirmação, e sendo caso disso impeça-se-lhes a entrada no templo". (Instrução da Sagrada Congração do Concílio contra a imoralidade das modas femininas 12/01/1930).Observai as religiosas, vejam como elas se vestem, guardando a modéstia cristã.São Cipriano de Cartago, falando das mulheres do mundo, diz: "As que andam ornadas com colares de ouro e de pérolas, perdem todos os atavios da alma."(De Disc. et Hab. Virg.)Dizia Santo Afonso Maria de Ligório citando São Gregório Nazianzeno: "O ornamento das mulheres virtuosas deve consistir em levar uma vida irrepreensível, entreter-se muitas vezes com Deus na oração, ser assídua e aplicada ao trabalho para fugir da ociosidade, resguardar os olhos e refrear a língua com a modéstia e o silêncio".Disse São Paulo Apóstolo:"Quero que as mulheres usem traje honesto, ataviando-se com modéstia e sobriedade. Seus enfeites consistam não em primorosos penteados, ouro, pérolas, vestidos de luxo, e sim em boas obras, como convém a mulheres que professam a piedade" (I Tm 2,9-10)"Pois o primeiro a ser criado foi Adão, depois Eva.E não foi Adão que se deixou iludir, e sim a mulher que, enganada, se tornou culpada de transgressão.Contudo, ela poderá salvar-se, cumprindo os deveres de mãe, contanto que permaneça com modéstia na fé, na caridade e na santidade" (I Tm 2,13-15)O modelo que as mulheres devem inspirar para as suas vidas é a SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA!Ela é o modelo que inspirou as santas da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, a observarem a modéstia!!!E eis o que diz as Sagradas Escrituras sobre as mulheres que guardam a modéstia:"Não te afastes da mulher sensata e virtuosa(...); pois a graça de sua modéstia vale mais do que o ouro" (Eclo 7,21)"A graça de uma mulher cuidadosa rejubila seu marido, e seu bom comportamento revigora os ossos.É um dom de Deus uma mulher sensata e silenciosa, e nada se compara a uma mulher bem-educada.A mulher santa e honesta é uma graça inestimável; não há peso para pesar o valor de uma alma casta" (Eclo 26,16-20)E São Paulo diz: "Assim também as mulheres de mais idade mostrem no seu exterior uma compostura santa, não sejam maldizentes nem intemperantes, mas mestras de bons conselhos" (Tt 2,3)Termino com as falas da Jacinta Marto (11/03/1910 - 20/02/1920):"Os pecados que levam mais almas para o inferno são os pecados da carne.Hão de vir umas modas que hão de ofender muito a Nosso Senhor.As pessoas que servem a Deus não devem andar com a moda.A Igreja não tem modas.Nosso Senhor é sempre o mesmo" (As aparições e a mensagem de Fátima conforme os manuscritos da Irmã Lúcia, pg 66)

Por Vagner C. da Silva

Obs: Nunca uma Santa se vestiu de calça. Você mulher que luta para ser Santa, deixe de usar calça, e se vista com uma vestir feminia (saia, vestido).



fonte:http://servosdacruz.blogspot.com/

http://www.voltaparacasa.com.br/modestia_crista.htm

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Manifesto de apoio e fidelidade ao Papa Bento XVI - MONTFORT

Manifesto de apoio e fidelidade ao Papa Bento XVI - MONTFORT

Oraciones al pie del Altar




FAZEI PENITÊNCIA

1 Cor 9, 27: “Trato duramente o meu corpo e reduzo-o à servidão…”.

Prezado católico, iniciamos o tempo da quaresma, tempo de preparação para a Páscoa.
São Leão Magno diz que a Quaresma é:

“Tempo privilegiado para a prática da virtude”.

“Tempo de um serviço mais intenso do Senhor”.

“Tempo favorável à salvação”.

“Tempo propício para o treinamento nas virtudes”.

“Tempo de limpar e enfeitar a casa por dentro”.

“Tempo oportuno para um exame mais atento dos vícios, das doenças e das feridas para lhes aplicar remédio eficaz”.

“Tempo de preparar os caminhos do Senhor”.

O tempo da Quaresma é tempo privilegiado para a prática da penitência; mas deverá ser com amor e com fervor. É importante lembrar de que, depois da oração, o meio mais eficaz de purificar a alma de suas faltas passadas e até mesmo de a prevenir contra as faltas do futuro, é a penitência, como escreve o Bem-aventurado Josemaría Escrivá: “Enterra com a penitência, no fosso profundo que a tua humildade abrir, as tuas negligências, ofensas e pecados. – Assim enterra o lavrador, ao pé da árvore que os produziu, frutos apodrecidos, ramos secos e folhas caducas. E o que era estéril, melhor, o que era prejudicial, contribui eficazmente para uma nova fecundidade. Aprende a tirar das quedas, impulso; da morte, vida”.

Católico, é preciso fazer penitência, não só na quaresma, mas durante todo o ano. Em 1 Cor 9, 27 diz: “Trato duramente o meu corpo e reduzo-o à servidão”. Enquanto estamos nesta vida, ninguém tem a perseverança final assegurada, como está no Concílio de Trento, Decreto De Instificatione, cap. 13: “Ninguém se prometa nada certo com certeza absoluta, ainda que todos devam colocar e pôr no auxílio de Deus a mais firme esperança. Porque Deus, se eles não faltam à Sua graça, como começou a obra boa, assim a acabará ‘operando o querer e o acabar’(Fl 2, 13)”. Nessa luta ascética que, por conseguinte, há de manter todo o homem, o Apóstolo assinala a necessidade da mortificação do próprio corpo e das suas más inclinações.

Em Lc 13, 3 diz: “… Se não vos arrependerdes, perecereis todos do mesmo modo”, isto é, prezado católico, se não fizermos penitência todos pereceremos. São João Maria Vianney escreve: “Tudo se compreende facilmente. Desde que o homem pecou, todos os seus sentidos se rebelaram contra a razão; por conseguinte, se quisermos que a carne esteja submetida ao espírito e à razão, é necessário mortificá-la; se quisermos que o corpo não faça a guerra à alma, é preciso castigá-lo a ele a todos os sentidos; se quisermos ir a Deus, é necessário mortificar a alma com todas as suas potências”.

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

Você reza pelas almas do Purgatório?


Muitas pessoas têm medo das almas do purgatório por falta de conhecimento, e até fazer associações com fantasmas ou coisas do gênero.Essas pessoas não sabem, no entanto, que é possível alcançar graças por intercessão das almas do Purgatório. E que Deus concede às vezes mais graças por intercessão delas do que por intercessão dos Santos.O que é o Purgatório – HistóriaEm Roma, às margens do rio Tibre, ergue-se a igreja do Sagrado Coração do Sufrágio.Foi nesse local que, em 1893, o Padre Joet erigiu um primeiro oratório como sede da Associação do Sagrado Coração de Jesus pelo Sufrágio das Santas Almas, que, chamadas desta vida, antes de entrarem na bem-aventurança eterna, purificam-se no Purgatório.No século XIX, rezava-se incomparavelmente mais pelas almas do Purgatório, e a associação progrediu. Em 1897, quatro anos depois de fundada, sobre o altar da capelinha anterior à atual igreja, durante um ofício religioso, irrompeu um incêndio.Para muitos fiéis ali presentes, pareceu surgir, dentre as chamas, junto da parede à esquerda do altar, uma figura na qual reconheceram um rosto padecendo.O fato despertou a admiração de todos. Muito se falou sobre o acontecimento. Inúmeras pessoas convenceram-se de que uma alma do Purgatório tinha realmente aparecido entre as chamas.A imagem vislumbrada durante o incêndio ficou retratada na parede com muita nitidez, e constitui, hoje, uma das peças mais tocantes que se pode ver no Mostruário-Museu da atual Igreja.Essa manifestação atraiu a atenção de toda a Europa. Soube-se, então, que sinais da mesma natureza haviam aparecido em outros países. E fiéis de quase toda Europa começaram a afluir à Igreja do Sagrado Coração do Sufrágio.Entre muitos prodígios ali expostos, encontra-se a marca de fogo que deixou o defunto Joseph Schutz, tocando, com a extremidade dos cinco dedos da mão direita, o livro de orações de seu irmão Georg, em 21 de dezembro de 1838, numa cidade da Lorena.Outras marcas de fogo foram deixadas em uma mesma de trabalho, no tecido da manga da túnica e na camisa da Venerável Madre Isabella Fornari, Abadessa das Clarissas de Todi.Uma das marcas foi deixada com o sinal da cruz, a mesa, uma segunda em uma folha de papel, uma terceira na manga da túnica, que, ultrapassando o tecido, deixou também vestígios na vestimenta interna da freira. Esta última marca apresenta manchas de sangue.Madre Fornari, em virtude das circunstâncias que rodearam o fato, não teve dúvidas em atribuir os sinais e manifestações da alma do Padre Panzini, Abade olivetano de Mântua.Esse fato extraordinário ocorreu em 1º de novembro de 1731.Com objetos e manifestações que como esses, recolhidos cuidadosamente em toda Europa, nasceu esse Mostruário-Museu. Neles se encontram, também, documentos originais ou fotográficos de manifestações de vários gêneros.São Pio X ajudou e abençoou a tal obra, contribuindo assim para combater o neopaganismo, que eclodia virulento em seu tempo. Existe também muita matéria escrita sobre o Purgatório. Uma delas é o “Manuscrito do Purgatório”.Mestres da Igreja examinaram esse manuscrito, e não hesitaram em declarar que nada têm contra os ensinamentos da fé, e está de perfeito acordo com os princípios da vida espiritual, podendo edificar muito às almas.Esse manuscrito foi redigido durante os anos de 1874 a 1890 trata-se das comunicações da alma de uma freira que estava no Purgatório, a outra freira que ainda estava viva.Abaixo, alguns impressionantes trechos dessas comunicações constantes numa tradução do Manuscrito do Purgatório, 2ª edição, publicado pelas Edições Paulinas com o imprimatur da autoridade eclesiástica.“Ai! Ninguém pode imaginar o que é o Purgatório. É preciso ser muito bom e ter compaixão das almas!” “A visita de Maria nos anima, e depois esta boa mãe nos fala do Céu. Enquanto A vemos, nossos sofrimentos parecem diminuídos” “Quando se perdem os parentes e amigos, fazem algumas orações, choram durante alguns dias. Depois... tudo se acaba! As almas ficam abandonadas” “Deus concede muitas vezes mais graças por intermédio das almas do Purgatório, do que pela intercessão dos próprios Santos” “Sabemos que a Igreja está sendo perseguida, e rezamos pelo seu triunfo”“No Purgatório, as almas não ficam só ocupadas com seus sofrimentos. Elas rezam pelos grandes interesses de Deus, pelas pessoas que abreviam seus sofrimentos”Quando Deus cria uma alma, da parte de Deus ela sai pura, isenta de toda mancha de pecado. Mas quando a alma peca, perde a pureza primitiva.É verdade que, se ela se arrepende e se confessa, recupera a graça, mas, para voltar à sua inocência primitiva, tem necessidade de operações de Deus.É no Purgatório que Deus faz essas operações, se a alma não se purificou inteiramente durante a vida. O Purgatório existe, verdadeiramente.As comunicações dessas almas comprovam que devemos rezar para viver de forma a não merecermos o Purgatório. É importante, também, rezarmos pelas almas que lá estão.Nossa oração, nossos sacrifícios, podem encurtar e diminuir seus sofrimentos. E depois, elas rezarão por nós e vão pedir por nossa salvação quando estiverem na glória celeste.Nós, que vivemos neste século XXI, somos tendentes a voltarmo-nos mais para o que é concreto. Mas o sobrenatural existe e, queiram ou não os ateus, o sobrenatural se manifesta.A doutrina católica nos ensina que as almas do Purgatório são almas que estão em estado de graça, e estão sofrendo à espera de ficarem inteiramente purificadas para ir ao Céu.Padecem terríveis sofrimentos, mas, ao mesmo tempo, cantam louvores às bondades de Deus, que as livrou do inferno.São confortadas, como vimos, pela visita de Nossa Senhora. E, tal como os santos, podem se manifestar para fazer o bem aos homens que, na terra, militam na Santa Igreja.Rezemos com freqüência às almas do Purgatório, e peçamos a Deus que abrevie seus sofrimentos.

Receber Comunhão na mão enfraquece devoção diante do Santíssimo, diz autoridade vaticana


A HAIA, 03 Fev. 08 / 12h00min am (ACI).- O Arcebispo Albert Malcolm Ranjith, Secretário da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, sublinhou que ao receber a Comunhão na mão se produz "um crescente enfraquecimento de uma conduta devota diante do Santíssimo Sacramento".
Em sua opinião a Igreja deveria reconsiderar a permissão para recebê-la desta forma.Segundo o sítio Web Kath.net o Prelado fez pública esta proposta, no prólogo do livro "Dominus Est: Pensamentos de um Bispo da Ásia Central sobre a Sagrada Eucaristia" escrito pelo Bispo Auxiliar de Karaganda, Dom Athanasius Schneider, e editado pela livraria do Vaticano em janeiro deste ano.
Dom Ranjith recalcou que a Sagrada Eucaristia deve ser recebida "com reverência e atitude de devota adoração". Ressaltou que a prática de receber a comunhão na mão foi "introduzida de maneira abusiva e precipitada em alguns âmbitos" e posteriormente reconhecida pelo Vaticano. Além disso recordou que no Concílio Vaticano II nunca se legitimou esta prática.Aqui não se trata de argumentos capciosos, recalcou Dom Ranjith, "acredito que chegou a hora de avaliar esta prática e reconsiderá-la e, quando for necessário, deixá-la", demarcou.

Ode de de Sto André de Creta p/ a Quaresma

Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Sto. André de Creta (660-740), monge e bispo Grande Cânone da liturgia ortodoxa para a Quaresma, 1ª ode

"Aqui morro de fome! Vou regressar para casa de meu pai"

Por onde começar a chorar o que fiz ao longo da vida?Quais serão os primeiros acordes desse canto de luto?Concede-me, ó Cristo, o perdão dos meus pecados...

Tal como o oleiro amassando a argila,tu me deste, ó meu Criador, carne e ossos, espírito e vida.Senhor que me criaste, meu juiz e meu Salvador, traz-me hoje de volta para ti.

Ó meu Salvador, diante de ti confesso as minhas faltas.Eu caí sob os golpes do Inimigo.Eis as chagas com que os meus pensamentos assassinos,quais salteadores, mutilaram a minha alma e o meu corpo (Lc 10,20sg).

Eu pequei, ó Salvador, mas sei que amas o homem.É a tua ternura que nos castigae a tua misericórdia é como o fogo.Vês-me chorar e vens a mimtal como o Pai acolhe o filho pródigo.

Desde a juventude, ó meu Salvador, desprezei os teus mandamentos.Passei a vida em paixões e inconsciências.Grito por ti: antes que chegue a morte,salva-me...

Em coisas vãs dissipei o património da minha alma.Não colhi os frutos do fervor e tenho fome.E grito: Pai de ternura, vem a mim,guarda-me na tua misericórdia.

Aquele que os ladrões assaltaram (Lc 10,30sg),sou eu no desvario dos meus pensamentos.Eles atacam-me, ferem-me.Inclina-te sobre mim, Cristo Salvador, e cura-me.

O sacerdote viu-me e afastou-se.O levita viu-me, nu e sofrendo, e passou adiante.Mas tu, Jesus nascido de Maria,tu paras e socorres-me...

Lanço-me a teus pés, Jesus,pequei contra o teu amor.Liberta-me deste fardo pesado demaise, na tua misericórdia, acolhe-me.

Não entres em juizo contra mim, não reveles as minhas acções,não prescrutes motivos e desejos.Mas, na tua compaixão, ó Todo-Poderoso,fecha os olhos às minhas faltas e salva-me.

Eis o tempo do arrependimento. Venho a ti.Liberta-me do pesado fardo dos meus pecadose, na tua ternura, dá-me lágrimas de arrependimento.

Carta aos participantes do 12º. Encontro Nacional de Presbíteros

Carta aos participantes do 12º. Encontro Nacional de Presbíteros

Queridos irmãos no sacerdócio:

É com grande estarrecimento que acolhemos a sua carta, que pretende ser a mensagem conclusiva do 12º. ENP. De fato, o referido encontro, que recebe representantes de todas as Dioceses do Brasil, também delineia um perfil da atual conjuntura do clero brasileiro, o que nos deixa bastante constrangidos.
Num dos parágrafos de sua carta, afirma-se: “acreditamos que somos capazes de transformar as relações entre as pessoas e as relações do ser humano com a natureza e transformar a sociedade excludente”. Este é, por assim dizer, o núcleo de todos os seus demais equívocos.
Infelizmente, os srs. aderiram a uma mentalidade de corte revolucionário, que pretende ser a salvadora de todo o mundo, mediante uma ideologia que se apresenta como o baluarte da construção do Reino de Deus sobre a Terra. Em nome de um hipotético paraíso futuro, os srs. consideram o presente apenas como uma etapa, e a descontinuidade com o passado, como a norma de conduta fundamental que norteia toda a ação que esteja conseqüentemente afinada com o "projeto".

Os srs. se consideram os salvadores do planeta e, por isso, todo o resto, inclusive a Igreja e o papa, constituem para os srs um ônus insuportável, com o qual não se pode mais conviver. Afinal de contas, os srs. acham que estão acima da Igreja, porque se constituíram em representantes de um utópico Reino futuro, para o qual a Igreja é apenas uma etapa desgraçadamente necessária...
Em nome deste imaginário paraíso reinocêntrico, os srs. criam um moralismo mais rígido que o pior legalismo teórico que já se viu na face da terra. E na trilogia “pobres, mulheres e CEB’s” os srs. forjam os elementos essenciais deste roteiro falsamente obrigatório, sem o qual qualquer um está automaticamente condenado, e com o qual qualquer um, mesmo que tenha abandonado o sacerdócio e a fidelidade à fé, está justificado, a priori.

Felizmente, essa soberba utópica, que os constitui em “heróizinhos” de contos de fada, não os levou a lugar nenhum, senão à maior debandada de católicos que já se viu na História da Igreja, no Brasil. Todos os testemunhos elencados pelos srs. são a demonstração mais patente de uma opção eclesial em si mesma falida.

Sabem por que essa opção faliu? Porque os srs. não são os salvadores do mundo, os srs. não são capazes de criar um paraíso e, ademais, com este tipo de mentalidade, os srs. não representam on pensamento de todo o clero brasileiro! Essa soberba somente os faz cegos e completamente vulneráveis a um bando de manipuladores que, incessantemente, querem ter o destino da Igreja em suas mãos. Esses guias de cegos rejeitam a salvação trazida por Cristo, rebaixam-na ao nível de um projeto social, e transformam os srs. em ativistas políticos, que visam implantar um sistema totalitário, que seria a resposta para todos os males do mundo. Teimosamente, resistem em mudar, em renovar-se. Esta obstinação intolerante não seria também um tipo de tradicionalismo castrista, um conservadorismo mascarado com vestes de vanguarda?...

Acordem srs. padres! Nós já temos um salvador, que é Nosso Senhor Jesus Cristo. De nossa parte, a única coisa que está ao nosso alcance é viver correspondendo à nossa vocação, cada dia de uma vez; é ensinar a doutrina cristã com clareza, não deixando nossos fiéis expostos à falácia dos aproveitadores; é administrar com fidelidade e obediência os sacramentos da Igreja, sem cedermos à tentação de nos tornarmos os protagonistas de uma ação na qual apenas a pessoa de Jesus tem que transparecer; é guiar a nossa paróquia e demais comunidades com uma tal laboriosidade e responsabilidade que nos leve a não brincarmos com as pessoas, sendo amadores de sacristia. O sacerdote tem que saber pastorear, e a sua alegria sempre será consumir-se cada dia pela porção da Igreja que Deus colocou entre as suas mãos.

Falta muito bom senso entre nós! Já é hora de pararmos com esta brincadeira, de abandonarmos tanto palavrório vazio e fantasioso e nos deixarmos humildemente guiar pelo exemplo dos sacerdotes santos de todos os tempos, estes sim, modelos inequívocos de dedicação absoluta à grei que nos foi transmitida: S. João Crisóstomo, S. Ambrósio, S. Agostinho, S. Leão Magno, S. Carlos Borromeu, S. João Maria Vianey, S. João Bosco, S. Pio de Pietrelcina, S. Pio X, o servo de Deus João Paulo II, entre tantos.

Tenhamos espírito de fé e ouçamos com atenção a voz do Santo Padre. São muitos os padres que cedem a esta ridícula atitude de rebelar-se contra o magistério pontifício: querem que a Igreja referende todas as suas opiniões como se fossem verdades de fé dogmática. Um pouco mais de humildade seria suficiente para trazer ao bom senso muitos sacerdotes que se perderam no ridículo de considerarem suas opiniões mais relevantes que toda a tradição cristã.

“Se o sacerdote fizer de Deus o fundamento e o centro de sua vida, então experimentará a alegria e a fecundidade da sua vocação. O sacerdote deve ser antes de tudo um ‘homem de Deus’ (1 Tm 6, 11); um homem que conhece a Deus ‘em primeira mão’, que cultiva uma profunda amizade pessoal com Jesus, que compartilha os ‘sentimentos de Jesus’ (cf. Fl 2, 5)” (Bento XVI, S.S. Seção Inaugural dos trabalhos da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, 13.5.2007).

Deus conta conosco, neste Novo Milênio que a pouco iniciamos. Não percamos tempo com as tolices de uma teologia que se atrelou às modas de um marxismo reacionário e doentio. Voltemos nosso coração a Cristo, “o Verbo que se fez carne” e, então, descobriremos que a nossa identidade é apenas a dEle, Sumo e Eterno Sacerdote. Não temos outra ambição senão sermos apenas plenamente padres, sem nenhum outro qualificativo adicional. Isto nos basta!

Um modo muito simples de rejeitar tudo o que dissemos é classificar preconceituosamente nosso posicionamento. Com muita sinceridade digo a todos: pensem um pouco, cultivem o bom senso e a inteligência. Eu lhes garanto, abandonar este enfoque rançoso e estragado não é apenas útil, mas fundamentalmente necessário, se não nos quisermos perder numa areia movediça de inconsistências que levaram muitos a esvaziarem o sentido de sua vocação no vácuo de sofismas vãos e, como sempre, mentirosos. Chega de sermos “heroizinhos”. Sejamos sacerdotes fiéis ao sagrado celibato, filial e fielmente unidos ao Santo Padre, valentes, piedosos, apostólicos e sinceros; então sentiremos a galhardia daqueles que empenharam toda a sua vida não numa ilusão utópica, mas na verdade do Evangelho, que não depende de chavões e neologismos, mas apenas de Cristo, que é o fundamento da nossa verdadeira esperança.
Sem mais,

um sacerdote da periferia.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

As colunas que sustentam o matrimônio


Caríssimo católico, sabemos que para uma construção durar longos anos e suportar a fúria da natureza, como: tempestades de granizo, tufões e até terremotos, é preciso que ela tenha um profundo alicerce e fortes colunas; do contrário ela cairá, e o prejuízo será total.O mesmo pode-se dizer em relação ao matrimônio; para que o mesmo perdure até o fim e consiga suportar os ataques dos inimigos, que são verdadeiras tempestades, e tempestades furiosas, é preciso que o matrimônio, qual construção forte, tenha robustas colunas para o sustentar.Antes de falar sobre as colunas que sustentam o matrimônio, quero deixar bem claro que o matrimônio foi instituído por Deus. Ensina o livro de Gênesis que Deus criou o ser humano varão e mulher, com o encargo de se procriar e de se multiplicarem: “Homem e mulher os criou, e Deus abençoou-os, dizendo-lhes: Crescei e multiplicai-vos e enchei a terra” (1, 28). Foi nesse momento que Deus instituiu o matrimônio e fê-lo principalmente para povoar a terra e para que o homem e a mulher se ajudassem e apoiassem mutuamente, como está em Gênesis, 2, 18: “Não é bom que o homem esteja só, vou dar-lhe uma companheira semelhante a ele”.Hoje, infelizmente, muitas pessoas irresponsáveis e despreparadas estão brincando de casar, não levam o matrimônio a sério, mas mesmo diante de tanta baixaria, quero deixar bem claro que o matrimônio foi instituído por Deus, e que o mesmo não é uma invenção humana.Reflitamos sobre as colunas que sustentam o matrimônio, elas são várias, mas falarei somente de seis, e tenho certeza, se as mesmas forem colocadas em prática, nenhuma tempestade conseguirá destruir o edifício do matrimônio.
A primeira coluna que sustenta o matrimônio é o amor a Deus.
O casal deve se esforçar continuamente para colocar em prática o primeiro mandamento da lei de Deus: “Amar a Deus sobre todas as coisas”. Feliz do lar que possui essa primeira coluna.O casal que abandona a Deus para buscar apoio no mundo, abandona a Rocha para se apoiar na areia movediça, porque a única coisa que esse mundo pagão pode oferecer para um casal é a lama, por isso, o Abade Santo Antão escreve: “Odiai o mundo e tudo que nele há”.Caríssimo casal, no amor de Deus está a perfeição e não no lixo do mundo, como escreve Santo Afonso Maria de Ligório: “Toda a santidade e toda a perfeição de uma pessoa consiste em amar a Jesus Cristo, nosso Deus, nosso maior bem, nosso Salvador”.Amar a Deus é amar o bem por excelência, e quem ama a Deus de coração, odeia o mal maior do mundo, que é o pecado. O amor une, estreita, assemelha. O amor de Deus une a criatura ao seu Criador, e quanto mais cresce o amor, mais se estreitam os laços desta divina amizade. Feliz do casal que possui essa amizade com Deus.Sabemos que o amor de Deus é um preceito; e o casal que não O ama está fora da lei e não vai pelo caminho da salvação, e sim, da condenação eterna.O amor a Deus é a primeira coluna que sustenta o matrimônio; e como um casal se há de amar a Deus? No Evangelho de São Mateus 22, 37 diz: “Amarás o Senhor teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e como todo o seu espírito”. Muitos pensam de uma maneira errada, que esse mandamento se refere somente para padres e freiras, claro que não, se refere também às pessoas casadas.O casal ama a Deus de todo o coração , quando Lho entrega todo inteiro, sem o dividir com as criaturas. Só Deus quer ser o objeto do nosso amor. Só Ele é o Senhor do nosso coração, a Ele pertence, e n’Ele deve reinar como em propriedade sua.Qualquer parcela de amor que um casal dá às criaturas, que não seja por amor a Deus, é um roubo e uma injustiça que o mesmo lhe faz. É importante lembrar de que todas as perfeições que encontramos nas criaturas, são apenas reflexos da infinita beleza do Criador.O casal que deixa de amar a Deus de coração para amar o mundo, acaba transformando o seu coração num depósito de lixo, e vive em contínua angústia, porque o mundo não pode lhe dar a verdadeira felicidade, como escreve Santa Teresa dos Andes: “Vi que a felicidade no mundo não existe”.O casal deve amar a Deus com todo o seu espírito, isto é, vivendo e atuando na sua divina presença, meditando com freqüência nos seus divinos atributos e recordando os mil favores, de que Deus o tem cumulado.Não basta amar a Deus com todo o espírito; é preciso amá-lO com toda a alma, isto é, empregar todas as faculdades e potências em testemunhar que somente Deus é o objeto do seu amor, vivendo unido a Ele pela vontade, pondo à parte todos os outros afetos, que não encaminhem para o seu amor.O casal deve também amar a Deus com todas a sua forças, isto é, aplicar ao serviço de Deus não só as potências da alma, mas todo o vigor do corpo. Não dar um passo que não se encaminhe a conhecê-lO, não fazer obra que não tenha por alvo a sua maior glória, não dizer palavra que não convenha à sua divina presença, e não usar dos sentidos que não sejam para admirar e honrar as maravilhas do poder do Criador.O casal que deseja com sinceridade vencer os inimigos visíveis e invisíveis, deve se apoiar nessa primeira coluna do matrimonio: “Amar a Deus sobre todas as coisas”, e assim ele encontrará a verdadeira força e alegria para vencer os obstáculos, como escreve Santa Teresa dos Andes: “Quem pode fazer-me mais feliz do que Deus? N’Ele encontro tudo”.Prezado casal, fuja do mundo inimigo de Deus, ele é areia movediça e te sufocará; mergulhe em Deus e Ele te protegerá, como está no Salmo 61, 8-9: “A minha glória e salvação estão em Deus; o meu refúgio e rocha firme é o Senhor! Povo todo, esperai sempre no Senhor, a abri diante dele o coração: nosso Deus é um refúgio para nós!”.
A segunda coluna que sustenta o matrimônio é a oração.
Quando uma pessoa deixa de se alimentar, enfraquece fisicamente, e com o passar do tempo não consegue mais trabalhar nem andar; o mesmo acontece com o casal que não reza, isto é, que não se alimenta da oração fervorosa e perseverante; aos poucos vai se enfraquecendo, não sente mais força para lutar, e acaba sendo derrotado pelos inimigos.Alguns casais dizem com certo ar de crítica e de zombaria, que “esse negócio” de rezar é coisa para padres e freiras; mas é importante lembrá-los de que as pessoas casadas também possuem uma alma imortal, e que o demônio também trabalha para destruí-las. São Francisco de Sales escreve: “É um erro, senão até mesmo uma heresia, querer excluir a vida devota… do lar das pessoas casadas”.O casal que não reza vive com as costas voltadas para Deus, e caminha apressadamente para a destruição.Caríssimo casal, é preciso rezar, é preciso dialogar com Deus, é necessário fazer oração! É tão precisa a oração ao homem para viver sobrenaturalmente, como à ave são precisas asas para se elevar da terra.É nas asas da oração que o casal se desprende das coisas terrenas e se aproxima de Deus, e assim encontra alívio e paz.A oração é a segunda coluna que sustenta o matrimônio, e muitos casais se desculpam dizendo que não possuem tempo para rezar, porque a vida é corrida e o trabalho é muito. Mas, esses mesmos casais encontram tempo para assistir as novelas pornográficas e os filmes imorais na televisão; ou então, passam horas e horas conversando nas portas dos botecos ou na porta da própria casa, perdendo um precioso tempo com o lixo do mundo, mas não dialogam com Deus através da oração.Antigamente existiam os oratórios nas salas, onde os casais se reuniam à noite com os filhos para rezarem o santo terço; hoje, infelizmente, a televisão ocupa o lugar do oratório, e o santo terço foi substituído pelas novelas assassinas que destroem as famílias; e a família fica horas e horas se alimentando desse vômito de satanás.O Papa João Paulo II escreve: “… a oração não representa de modo algum uma evasão, que desvia do empenho quotidiano, mas constitui o impulso mais forte para que a família cristã assuma e cumpra em plenitude todas as suas responsabilidades de célula primeira e fundamental da sociedade humana”, e o Papa Paulo VI escreve também: “Queremos agora… recomendar vivamente a recitação do santo rosário em família… seja o rosário a sua expressão freqüente e preferida”.Hoje! Qual é o casal que reza juntamente com os filhos? Pegue um binóculo e procure, se você encontrar, por favor, me avise, que estou curioso para conhecê-lo.O casal que não reza vive nas trevas e na cegueira espiritual, e assim, caminha para a perdição eterna.Prezado casal, acorde enquanto é tempo, abandone as novelas e as portas dos botecos, e marque rigorosamente um horário todos os dias para a oração em família, além do santo terço, leia um trecho da Sagrada Escritura ou da vida de um santo, e faça um fervoroso comentário, não deixe para depois, porque poderá ser tarde.Você reclama que a sua família está fracassando, que a situação está ficando cada vez mais pesada e incontrolável, mas olha só o que você oferece para a mesma: novelas, conversas indecentes, músicas pornográficas e filmes imorais, etc. Você oferece trevas para o seu lar, e gostaria que a sua família fosse luz, isso é loucura! Aquele que se alimenta de carniça, com certeza ficará doente, é o caso da sua família.Caríssimo casal! Reze, reze, reze muito, o casal que não reza assemelha-se a uma bola que é chutada o tempo todo por Satanás.
A terceira coluna que sustenta o matrimônio é a confissão freqüente.
Feliz do casal que se aproxima com freqüência do sacramento da paz, isto é, da confissão; esse casal realmente age com sabedoria e anda pelo caminho da santidade, como escreve Santo Agostinho: “Se queres saúde, beleza e santidade de alma, ame a confissão”.Caríssimo casal, aproxime com freqüência do sacramento da confissão, porque na confissão você praticará muitas virtudes, como escreve São João Bosco: “Em nenhum outro exercício se praticam tantas virtudes como na confissão. De fato, exercita-se a fé, a esperança, a caridade , a humildade, etc.…”.A confissão freqüente é útil para o casal, para o mesmo adquirir o verdadeiro espírito de Nosso Senhor. O Salvador, aparecendo um dia a Santa Brígida, disse-lhe: “Se queres possuir e conservar o meu espírito, confesses freqüentemente os teus pecados, negligências e imperfeições”. Quem se confessa com freqüência dispõe-se melhor a receber a graça e o espírito de Nosso Senhor; por isso, aproxime com freqüência do sacramento da confissão, e viverás mergulhado num oceano de paz e de alegria, como escreve o Papa Paulo VI: “A confissão freqüente continua a ser uma fonte privilegiada de santidade, de paz e de alegria!”, e o Papa Pio XII escreve o seguinte sobre a confissão freqüente: “Por inspiração do Espírito Santo foi introduzido na igreja o uso piedoso da confissão freqüente, com o qual: aumenta-se o reto conhecimento de nós mesmos, desenvolve-se a humildade cristã, arranca-se a perversidade dos costumes, resiste-se à negligência e ao torpor espiritual, purifica-se a consciência, procura-se a salutar direção da consciência; fortalece-se a vontade e aumenta-se a graça por força do próprio Sacramento”.Prezado casal, a confissão é o Sacramento da paz e da alegria, por isso, aproxime dessa fonte de santidade com freqüência, semanalmente ou de quinze em quinze dias, e assim o vosso lar possuirá uma fortíssima coluna.
A quarta coluna que sustenta o matrimônio é a comunhão freqüente.
Caríssimo casal, Santo Afonso Maria de Ligório escreve o seguinte sobre a santíssima Eucaristia: “Nosso Salvador, sabendo ter chegado a hora de partir deste mundo, antes de morrer por nós, quis deixar-nos a maior prova possível de seu amor. Foi precisamente este dom do Santíssimo Sacramento”, e São Bernardino de Sena diz: “As provas de amor que se dão na hora da morte ficam mais firmemente na memória e se prezam mais”. Daí o costume dos amigos, ao morrer, deixarem algum presente, uma peça de roupa, um anel, às pessoas que amaram na vida, como recordação de sua amizade.Mas Jesus Cristo, partindo deste mundo, o que nos deixou em memória de seu amor? Não uma veste, um anel, mas o Vosso Corpo, o Vosso Sangue, a Vossa Alma, a Vossa Divindade, Ele mesmo, todo, sem reservas; como escreve São João Crisóstomo: “Deu-se todo não reservando nada para si”.Então prezado casal, não perca tempo, mas aproxime freqüentemente, com fé, devoção e respeito da Sagrada Comunhão, porque, como escreve Santo Afonso Maria de Ligório: “Na comunhão, Jesus une-se à pessoa e a pessoa a Jesus. Esta união não é apenas de simples afeto, mas real e verdadeira”, e São Francisco de Sales também escreve: “Em nenhuma outra ação se pode considerar o salvador mais carinhoso, mais amoroso do que nesta. Aniquila-se por assim dizer, e se reduz a alimento para penetrar nossas almas e se unir ao coração de seus fiéis”, e São João Crisóstomo diz ainda: “Jesus Cristo quer de tal modo unir-se conosco, pelo amor ardente que nos tem, que nos tornemos uma só coisa com ele”.Feliz do casal, que ao invés de perder tempo com as novelas podres e imorais ou com as portas dos botecos, participa com freqüência da Santa Missa para receber a Santíssima Eucaristia. São João Bosco escreve: “Tende grande cuidado em ir à Santa Missa, mesmo nos dias da semana, ainda que para isso tenhais que sofrer algum incômodo. Pois com isso obtenhais do Senhor toda sorte de bênçãos”.O casal que recebe com freqüência a Santíssima Eucaristia, torna-se forte e preparado para vencer as tempestades da vida, porque a Santíssima Eucaristia produz, segundo São Pio X, os seguintes efeitos em quem a recebe dignamente: “Conserva e aumenta a vida da alma, que é a graça, assim como o alimento material sustenta e aumenta a vida do corpo, perdoa os pecados veniais e preserva dos mortais, produz consolação espiritual, enfraquece as nossas paixões, e em especial amortece em nós o fogo da concupiscência; aumenta em nós o fervor e ajuda-nos a proceder em conformidade com os desejos de Jesus Cristo e dá-nos um penhor da glória futura e da ressurreição do nosso corpo”.Caríssimo casal, comungue com freqüência e com fervor, porque em Jesus Sacramentado você encontrará força para suportar as perseguições dos inimigos, e coragem para perseverar e vencer todos os obstáculos. O casal que não comunga o Santíssimo Corpo do Senhor, é um casal paralítico.
A quinta coluna que sustenta o matrimônio é a fidelidade conjugal.
O Pe. João Batista Lehmann escreve: “A base elementar da família cristã é a fidelidade, que, mutuamente, juram os esposos”, e Santo Tomás de Aquino também escreve: “A forma do casamento é a união indissolúvel dos corações em virtude da qual cada um dos cônjuges é obrigado a guardar para com o outro uma fidelidade sem partilha”. Está claro, caríssimo casal, que a fidelidade prometida, solenemente, aos pés do altar sagrado, deve durar até a morte. Pouco importa que, no correr dos tempos, apareçam desigualdades de gênios, diversidade de gostos, doenças prolongadas ou incuráveis; é importante lembrar de que os laços do sacramento permanecem sempre inquebrantáveis. Só a morte tem o poder de quebrar vínculos do sacramento do matrimônio.Lembre-se prezado casal, de que o matrimônio não é um brinquedo ou passatempo, ele é um sacramento, e como já foi dito, foi instituído por Deus. A instituição matrimonial faz parte dos planos divinos desde o momento mesmo da criação do homem. Não é pois, como dizem os marxistas, “uma invenção burguesa”, ou “o último reduto da sociedade capitalista”, por isso, você casal, precisa levar a sério o matrimônio, e evitar custe o que custar o pecado de adultério, porque esse pecado é a sepultura do casal e a desgraça da família, ele é realmente um veneno mortífero.Alguém poderia perguntar: o que é o adultério? O Catecismo da Igreja Católica no nº 2380 o define assim: “O adultério. Esta palavra designa a infidelidade conjugal. Quando dois parceiros dos quais ao menos um é casado, estabelecem entre si uma relação sexual, mesmo efêmera, cometem adultério”.Sabemos que Jesus Cristo condena o adultério mesmo de simples desejo, como está em São Mateus 5, 27-28: “Ouvistes que foi dito: não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo: todo aquele que olha para uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultério com ela em seu coração”. E você homem casado, você tem esse péssimo costume de olhar com desejo para as mulheres? Seria muito bom se você seguisse o exemplo de Jó que diz: “Eu fiz um pacto com meus olhos, para não olhar para uma virgem” Jó 31, 1, e também levasse a sério esse pensamento do Abade Santo Antão: “Basta um olhar impuro para abrir as portas do inferno”.Prezado casal, o adultério não é uma brincadeira, ele é um pecado gravíssimo que destrói a família e lança as almas no inferno. O adultério é uma injustiça, diz o Catecismo da Igreja Católica no nº 2381: “Quem o comete falta com seus compromissos. Fere o sinal da aliança que é o vínculo matrimonial, lesa o direito do outro cônjuge e prejudica a instituição do casamento, violando o contrato que o fundamenta. Compromete o bem da geração humana e dos filhos, que têm necessidade da união estável dos pais”, realmente o adultério é a sepultura do casal.Lembre-se caríssimo casal, de que o adultério é pecado mortal, e o pecado mortal destrói a caridade no coração do homem e desvia-o de Deus.O adultério é como um veneno mortífero, ele mata a fidelidade conjugal, e hoje, mais do que nunca está se espalhando, até parece que vivemos em Sodoma e Gomorra. É ele um dos pecados mais graves, e o mesmo é cometido por pobres e ricos e no mundo inteiro, para esse mundo tão impuro, cabe muito bem essas palavras do livro de Jeremias 23, 10: “… a terra está cheia de adúlteros”.Vivemos num mundo podre e pagão, onde a virgindade é criticada terrivelmente e o adultério é elogiado pela maioria; e aquele que procura ser fiel à sua companheira é deixado de lado e criticado sem piedade, e o mesmo acontece em relação às mulheres.Hoje, infelizmente, muitos adúlteros são aplaudidos de pé por muitos “porcos” da sociedade, justamente porque tiveram a coragem de apunhalar as suas esposas com punhal do adultério, e são tidos pelos “porcos” mais impuros como exemplos para todos do chiqueiro; que aberração! Sendo que na verdade não passam de irresponsáveis, fracos e covardes, dignos do fogo do inferno.Existem adúlteros tão sujos e covardes, que cometem o adultério e depois se reúnem com os amigos do chiqueiro para comentar como foi a “tal traição”, e nesse diálogo fedorento, se vangloriam por terem traído as esposas. São moleques horrorosos.Prezado casal, lembre-se de que esse comportamento é de cavalos e éguas, e não de um casal que jurou diante do altar fidelidade até a morte. Lembre-se de que Deus vê tudo, também o vosso adultério.
A sexta coluna que sustenta o matrimônio, é o respeito e o diálogo entre o casal.
Esse respeito deve ser mútuo, o casal deve se esforçar para que reine esse respeito no lar; não somente o homem deve se esforçar, ou somente a mulher, mas os dois, isto é, o casal. O respeito mútuo é uma exigência natural. O amor e respeito se condicionam e se completam, se não existir o verdadeiro amor entre o casal com certeza não haverá o respeito, e vice-versa, e o lar se transformará em um curral, onde reinará coices e mais coices.Prezado casal, para que possa haver respeito íntimo, indispensável é, que o estado pré-nupcial não tenha sido prejudicado e maculado com vícios e pecados abomináveis.É preciso também que o casal evite, custe o que custar, pequenas e grandes provocações, e que reine entre o casal as regras da boa educação.Para que haja o verdadeiro respeito entre o casal, é preciso evitar:
Primeiro, a pirraça

Pirraça é fazer algo com o propósito de contrariar alguém. Ás vezes a mulher casada acorda com a “vó” detrás do toco e diz que vai matar o esposo na unha, que ele vai se arrepender do dia em que nasceu, ou vice-versa, e assim o respeito vai desaparecendo e o amor vai se esfriando.Prezado casal, cuidado com a picardia e com a picuinha. Essas são ervas daninhas no jardim do seu matrimônio.
Segundo, o ciúme

O ciúme é grande inimigo da felicidade conjugal, ele é incompatível com o respeito mútuo. O ciúme leva um a se desconfiar do outro, e não raras vezes prepara o caminho para a infidelidade, não mais imaginária, mas real, como está um Eclesiástico 9, 1: “Não tenhas ciúme de tua esposa, para que ela não empregue contra ti a malícia que lhe ensinaste”.Cuidado caríssimo casal, o espinho do ciúme não é como o das rosas, que machuca apenas as mãos. No ciumento, há duas coisas horríveis, os traumas e as tramas! Por isso, elimine o ciúme do vosso meio, e deixe que reine somente o respeito mútuo no vosso lar.O diálogo também faz parte dessa sexta coluna que sustenta o matrimônio.Feliz do casal que dialoga com freqüência, ou até mesmo diariamente. Aqui, não se trata daquela conversa costumeira e rápida que acontece durante os trabalhos diários e na presença de pessoas estranhas ou até mesmo conhecidas, mas daquele diálogo construtivo entre o casal, em um lugar reservado e silencioso.Hoje, infelizmente, por causa da hidra satânica, que é a televisão, milhares de casais não se dialogam mais, ficam na sala, horas e horas, bebendo da lama das novelas, e a mesma vomita lama e lixo dentro do coração do casal, e o prejuízo é incalculável para a família.Com certeza, já aconteceram milhares de separações entre os casais por falta do diálogo; sabemos que os inimigos visíveis e invisíveis perseguem terrivelmente as famílias, por isso, o casal precisa agir com sabedoria e prudência diante de certos acontecimentos e fofocas.Existem pessoas que não conseguiram perseverar, e se separaram, e agora por inveja, lutam para destruir o lar daqueles casais que estão firmes, e essas pessoas, usam todo tipo de armas, principalmente da calúnia; e se o casal não for prudente e sábio, e se não dialogar com calma, paciência e compreensão, certamente o inimigo vencerá, porque existem pessoas tão maldosas, que parecem ter o demônio no lugar da língua.Prezado casal, deixe as novelas de lado, e a partir de hoje reserve um tempo para um diálogo sincero, compreensivo, amigo e educado; e nesse diálogo, você poderá tratar dos seguintes assuntos: vida espiritual, parte financeira, educação dos filhos, saúde, trabalho, etc.…, e assim você estará fechando as portas do vosso lar para os inimigos.O casal que não dialoga e que corre o tempo todo, com certeza cairá no abismo.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

PRÁTICAS MUITAS X ESQUECIDAS






Jejum é uma abstinência que fazemos em nome da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo para pedir o perdão dos nossos pecados e também para alcançar graças especiais. O jejum não deve ser necessariamente de "pão e água", mas deve se adequar a nossa condição física e espiritual. Não podemos de forma alguma praticar um jejum rígido quando se quer nunca tivemos uma experiência desta espécie. Lembro-vos também que toda prática espiritual deve ser orientada por um bom diretor espiritual, para que estas práticas não acabem indo contra a virtude. Recordo-vos também de uma lei da Igreja que informa que o jejum só é obrigatório a partir dos 18 anos.








O jejum obrigatório que a Igreja exige do fiel católico, para amanhã (na Quarta-feira de Cinzas), trata-se de um jejum rígido mas, que não prejudica de forma alguma as faculdades físicas e espirituais do indivíduo. Ao acordar deve-se tomar café mas de forma reduzida. Corte tudo pela metade. Ao invés de dois pães coma apenas um e ao invés de duas frutas coma apenas uma. O almoço deve ser feito de forma natural, o que não permite sobremesas e outras iguarias típicas de festas. O jantar deve ser feito de forma a 2/3 do habitual. É recomendável no jantar, uma sopa de legumes acompanhado de pães.





Amanhã temos também a abstinência de carne. O motivo pelo qual em dias de jejum nos abstermos de carne trata-se de que a carne bovina, suína e aviaria são de difícil digestão, e por deste modo não faz do jejum o que ele deve ser. O motivo do jejum é sentir fome e abster-se dos alimentos que causam prazer, unindo-nos assim a Paixão de Nosso Senhor. Ficam então assim proibidas comidas que contenham carne e caldo de carne. A carne de peixe é permitida pois o peixe é uma carne leve que o organismo humano tem grande facilidade para a digestão.



Foi-se criado um número variado de lendas e mitos entorno deste tipo de abstinência. Esses mitos são provenientes, pelo simples fato dos pais não saberem explicar o motivo pelo qual se come peixe nestes dias santos, e por isso inventaram uma série de histórias para os filhos se sentirem obrigados a praticarem a abstinência. O motivo é muito simples, faz-se jejum nos dias de penitência para nos auto castigar e implorar a misericórdia divina pelo perdão dos nossos pecados e para solicitar graças especiais. O jejum também é uma forma de colocarmos nossas vontades submissas a razão, libertando-as dos instintos e das concupiscências.









A prática da oração deve ser para o cristão um ato de respirar da alma. Assim como alimentamos o corpo com alimento e com oxigênio, assim a alma necessita de práticas de orações. Recomenda-se na Quaresma que as orações do cristão sejam redobradas para uma busca de maior aproximação do criador. As formas e práticas de orações são muito diversas: Contemplativa, oral ou vocal, e orações do pensamento. Podemos fazer orações contemplando uma imagem sacra ou através da imaginação. Antes das orações recomenda-se que o fiel se afaste dos pensamentos e preocupações da vida. Deve se dirigir a um local no mínimo silencioso e distante de qualquer interrupção. Pode ser feita de joelhos, em pé, sentado ou até mesmo deitado. Pode-se recorrer a utilização de uma imagem para ajudar o fiel a busca de um estado de contemplação. O terço é uma forma de oração contemplativa. Nas orações contemplativas não importa muito a velocidade em que são recitadas as orações, mas sim, que nossos pensamentos estejam voltados exclusivamente a Deus Nosso Senhor. O importante na oração do rosário, por exemplo, é a contemplação dos mistérios do terço e não a quantidade de Pais-nossos e Ave-Marias. Estas orações que acompanham o rosário são como uma música de fundo desta prática tão rica e valiosa. Pode-se recorrer na contemplação através da música sacra. Lembrando que a música não seja uma das melhores formas, pois muitos que desta maneira se dedicam, acabam se tornando dependente deste meio e esquecendo por si o essencial. Recomenda-se que durante a quaresma o fiel reze apenas os mistérios dolorosos do Santo Rosário, já que estamos nos preparando para a Grande Semana.




E por fim temos a oração mental, que é muito semelhante a oração contemplativa, mas com características de oração vocal. A oração mental trata-se de certa forma fazer nossa mente falar no lugar de nossos lábios. Ao invés de falar, nós, simplesmente, usamos a mente para pedir algo à solicitude divina. A oração mental é muito útil para que não incomodemos as pessoas que estão próximas. Quem deve ouvir nossas orações é Deus e não os demais presentes. Lembrando que na sua estrutura a oração mental funciona da mesma forma que a oral, menos no que diz respeito na utilização dos lábios e da língua. Deus que conhece a mente de todos ouvirá seus pensamentos.
A esmola, pode ser melhor definida, como a prática da caridade. Lembrando que a caridade não se trata apenas em dar coisas materiais mas também coisas espirituais. A caridade também se trata de uma palavra de consolo ou uma ajuda. Não podemos nos omitir em achar que somos os únicos habitantes da terra. Devemos ver a necessidade dos outros como as necessidades do próprio Cristo. Uma esmola significa, ajudar, acolher e ser cordial com as pessoas. No dia-a-dia devemos ser generosos e cordiais, para um dia, sermos recompensados por Nosso Senhor. Lembremos da passagem do Evangelho: "Se alguém vem obrigar-te a andar mil passos com ele, anda dois mil. Dá a quem te pede e não te desvies daquele que te quer pedir emprestado. Tendes ouvido o que foi dito: Amarás o teu próximo e poderás odiar teu inimigo. Eu, porém, vos digo: amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos [maltratam e] perseguem. Deste modo sereis os filhos de vosso Pai do céu, pois ele faz nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons, e faz chover sobre os justos e sobre os injustos. Se amais somente os que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem assim os próprios publicanos? Se saudais apenas vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não fazem isto também os pagãos? Portanto, sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito." (Mateus 5, 41-48).


A caridade não deve olhar a quem deve ser feito o bem. Devemos praticar o bem a todos sem exclusão. Recomendo-vos de ler o capítulo 5 e 6 de São Mateus no dia de hoje. Trata-se de uma ótima leitura para começarem a Quaresma refletindo sobre tudo isso que vos falo. A caridade pode ser feita através de visita a doentes e encarcerados. A caridade pode ser realizada aos desolados, desabrigados e aos órfãos. Caridade é amor. O verdadeiro amor que ensinou Cristo Nosso Senhor e que nos ensinou a amar até o fim.

Fonte: Precioso deposito

Sermão sobre a Quaresma


São Leão Magno


Evangelho: S. Mateus 4, 1-11

Há muitas batalhas dentro de nós: a carne contra o espírito, o espírito contra a carne. Se, na luta, são os desejos da carne que prevalecem, o espírito será vergonhosamente rebaixado de sua dignidade própria e isto será uma grande infelicidade, de rei que deveria ser, torna-se escravo. Se, ao contrário, o espírito se submete ao seu Senhor, põe sua alegria naquilo que vem do céu, despreza os atrativos das volúpias terrestres e impede o pecado de reinar sobre o seu corpo mortal, a razão manterá o cetro que lhe é devido de pleno direito, nenhuma ilusão dos maus espíritos poderá derrubar seus muros; porque o homem só tem paz verdadeira e a verdadeira liberdade quando a carne é regida pelo espírito, seu juiz, e o espírito governado por Deus, seu mestre. É, sem dúvida, uma preparação que deve ser feita em todos os tempos: impedir, por uma vigilância constante, a aproximação dos espertíssimos inimigos. Mas é preciso aperfeiçoar essa vigilância com ainda mais cuidado, e organizá-la com maior zelo, nesta época do ano, quando nossos pérfidos inimigos redobram também a astúcia de suas manobras. Eles sabem muito bem que esses são os dias da santa Quaresma e que passamos a Quaresma castigando todas as molezas, apagando todas as negligências do passado; usam então de todo o poder de sua malícia para induzir em alguma impureza aqueles que querem celebrar a santa Páscoa do Senhor; mudar para ocasião de pecado o que deveria ser uma fonte de perdão.

Meus caros irmãos, entramos na Quaresma, isto é, em uma fidelidade maior ao serviço do Senhor. É como se entrássemos em um combate de santidade. Então preparemos nossas almas para o combate das tentações e saibamos que quanto mais zelosos formos por nossa salvação, mais violentamente seremos atacados por nossos adversários. Mas aquele que habita em nós é mais forte do que aquele que está contra nós. Nossa força vem d’Aquele em quem pomos nossa confiança.
Pois se o Senhor se deixou tentar pelo tentador foi para que tivéssemos, com a força de seu socorro, o ensinamento de seu exemplo. Acabaste de ouvi-lo. Ele venceu seu adversário com as palavras da lei, não pelo poder de sua força: a honra devida a sua humanidade será maior, maior também a punição de seu adversário se Ele triunfa sobre o inimigo do gênero humano não como Deus, mas como homem. Assim, Ele combateu para que combatêssemos como Ele; Ele venceu para que também nós vencêssemos da mesma forma. Pois, meus caríssimos irmãos, não há atos de virtude sem a experiência das tentações, a fé sem a provação, o combate sem um inimigo, a vitória sem uma batalha. A vida se passa no meio das emboscadas, no meio dos combates. Se não quisermos ser surpreendidos, é preciso vigiar; se quisermos vencer, é preciso lutar. Eis porque Salomão, que era sábio, diz: Meu filho, quando entras para o serviço do Senhor, prepara a tua alma para a tentação (Eclo. 2,1). Cheio da sabedoria de Deus, sabia que não há fervor sem combate laborioso; prevendo o perigo desses combates, anunciou-os de antemão para que, advertidos dos ataques do tentador, estivéssemos preparados para aparar seus golpes.

O Dogma do Purgatório



O Pe. Francisco Xavier Schouppe S.J., missionário jesuíta que viveu em fins do século XIX e início do XX, foi um profícuo autor de obras de caráter teológico e exegético bíblico. Deixou vários livros populares, dentre os quais destaca-se um sobre o Purgatório, do qual extraímos os textos abaixo. Das obras que escreveu, esta é a mais conhecida e recomendada.
O Dogma do Purgatório é muito esquecido pela maioria dos fiéis; a Igreja Padecente — onde há tantos irmãos para socorrer, e para onde sabem que um dia devem ir —, parece-lhes terra estranha.
Esse verdadeiramente deplorável esquecimento constituía um grande sofrimento para São Francisco de Sales: "Hélas", disse esse pio Doutor da Igreja, "nós não nos lembramos suficientemente de nossos caros falecidos; sua memória parece esvanecer-se com o som fúnebre dos sinos".
As principais causas disso são ignorância e falta de fé; nossas noções sobre o Purgatório são muito vagas, nossa fé é muito fraca.
Então, para que nossas idéias se tornem mais precisas e nossa fé vivificada, devemos olhar mais de perto essa vida além túmulo, esse estado intermediário das almas justas ainda não dignas de entrar na Celeste Jerusalém.
O Purgatório ocupa um importante lugar em nossa santa Religião: forma uma das principais partes da obra de Jesus Cristo, e representa um papel essencial na economia da salvação do homem.
Lembremo-nos de que a Santa Igreja de Deus, considerada como um todo, é composta de três partes: a Igreja Militante [nesta Terra], a Igreja Triunfante [no Céu] e a Igreja Padecente ou Purgatório. Essa tríplice Igreja constitui o Corpo Místico de Jesus Cristo, e as almas do Purgatório não são menos seus membros que os fiéis na Terra e os eleitos no Céu. .... Essas três igrejas-irmãs mantêm incessantes relações entre si e uma contínua comunicação, que denominamos a Comunhão dos Santos.
Rezar pelos falecidos, fazer sacrifícios e sufrágios por eles, forma parte do culto cristão, e a devoção pelas almas do Purgatório é a que o Espírito Santo infunde com caridade nos corações dos fiéis. "Santo e salutar pensamento é rezar pelos mortos", diz a Sagrada Escritura, "para que sejam purificados de seus pecados" (II Mac. 12, 46).
A Justiça de Deus é terrível, e pune com extremo rigor mesmo as faltas mais triviais. A razão é que tais faltas, leves a nossos olhos, não o são diante de Deus. O menor pecado desagrada-O infinitamente, e, por causa da infinita Santidade que é ofendida, a menor transgressão assume enorme proporção e exige enorme expiação. Isso explica a terrível severidade das penas da outra vida, e deveria nos penetrar de santo temor.
f: Cultura Católica

VIA CRUCIS (continuação...)

Oração final

Senhor, Jesus olhai vossos servos e concedei-lhes o dom da vossa paz, de vosso amor, de vosso socorro; enviai-nos o vosso Espírito Santo para que nos amemos uns aos outros, mantendo-nos num mesmo espírito, pelos vínculos da paz e da caridade, para assim formarmos uma mesma fé, como fomos chamados; a uma mesma esperança, por nossa vocação, para assim chegarmos ao perfeito amor em Vós que viveis com o Pai na unidade do Espírito Santo. Amém.
Oração a Jesus Crucificado:
Senhor, Jesus olhai vossos servos e concedei-lhes o dom da vossa paz, de vosso amor, de vosso socorro; enviai-nos o vosso Espírito Santo para que nos amemos uns aos outros, mantendo-nos num mesmo espírito, pelos vínculos da paz e da caridade, para assim formarmos uma mesma fé, como fomos chamados; a uma mesma esperança, por nossa vocação, para assim chegarmos ao perfeito amor em Vós que viveis com o Pai na unidade do Espírito Santo. Amém.
+ Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

VIA CRUCIS (continuação...)

XIV Estação - Jesus é sepultado
V. Nós vos adoramos ó Cristo e vos bendizemos:
R. Porque pela vossa Santa Cruz remiste o mundo inteiro.
Consideremos os discípulos do Senhor colocando seu santíssimo corpo no Sepulcro. Maria os acompanha, ela é quem arruma o túmulo de seu filho. Digamos:
V. Do pecado vem a morte, mas o amor, que é mais forte, dá a vida pelo irmão.
R. Pela Virgem dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me meu Jesus, perdoai-me meu Jesus.
R.Tende piedade de nós Senhor!
Pai Nosso - Ave maria - Glória ao Pai...

VIA CRUCIS (continuação...)

XIIIª - Jesus é descido da cruz
V. Nós vos adoramos ó Cristo e vos bendizemos:
R. Porque pela vossa Santa Cruz remiste o mundo inteiro.
Consideremos a extrema dor de Nossa Senhora, ao ver em seus braços o seu amado filho, chagado, lívido, com as pálpebras cerradas no frio sono da morte. Contempla os estragos feitos nas mãos e nos pés pelos duros cravos, o lado aberto pela cruel lança, a cabeça ensangüentada e ferida pela coroa de espinhos; e lastima-se de haver gente tão sem coração que tão mal fizeram a seu amado filho. Digamos:
V. Da madeira vos tiraram e nos braços vos deixaram de Maria, que aflição.
R. Pela Virgem dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me meu Jesus, perdoai-me meu Jesus.
R.Tende piedade de nós Senhor!
Pai Nosso - Ave maria - Glória ao Pai...

VIA CRUCIS (continuação...)


XIIª Estação - Jesus morre na Cruz

V. Nós vos adoramos ó Cristo e vos bendizemos:

R. Porque pela vossa Santa Cruz remiste o mundo inteiro.
Momento de silêncio... depois prossegue dizendo:

Consideremos um Deus de toda a Santidade, a morrer numa cruz, entre dois celerados, por amor das suas criaturas, tirando do peito, não palavras de maldição ou injúria, mas preces divinas de amor e perdão: "Pai perdoai-lhes porque não sabem o que fazem". Tudo está consumado". E dizendo isto expirou. Digamos:

V. Por meus crimes padecestes: meu Jesus por mim morrestes, como é grande a minha dor.

R. Pela Virgem dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me meu Jesus, perdoai-me meu Jesus.

R.Tende piedade de nós Senhor!


Pai Nosso - Ave maria - Glória ao Pai...

VIA CRUCIS (continuação...)


XIª Estação - Jesus é pregado na Cruz

V. Nós vos adoramos ó Cristo e vos bendizemos:


R. Porque pela vossa Santa Cruz remiste o mundo inteiro.
Consideremos os atrozes sofrimentos de Nosso Senhor ao ser pregado, com grossos cravos, ao madeiro, e olhemos com piedoso amor para o estandarte da nossa redenção. Vítima de dor, todo o corpo de Jesus sofre, e o sangue corre e inunda a terra. Digamos:

V. Sois por mim na Cruz pregado, insultado, blasfemado, com cegueira e com furor.

R. Pela Virgem dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me meu Jesus, perdoai-me meu Jesus.

R.Tende piedade de nós Senhor!

Pai Nosso - Ave maria - Glória ao Pai...

VIA CRUCIS (continuação...)



Xª Estação - Jesus é despojado de suas vestes


V. Nós vos adoramos ó Cristo e vos bendizemos:


R. Porque pela vossa Santa Cruz remiste o mundo inteiro.
Consideremos como foi grande a confusão de Jesus ao ver-se reduzido em tão completa nudez, desabrigado daquela turba encarniçada e perversa. Digamos:


V. Das vestes despojado, por verdugos maltratado, eu vos vejo meu Jesus.




R. Pela Virgem dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me meu Jesus, perdoai-me meu Jesus..


R.Tende piedade de nós Senhor!




Pai Nosso - Ave maria - Glória ao Pai...


Via Crucis (continuação...)


IV Estação - Jesus encontra a sua mãe


V. Nós vos adoramos ó Cristo e vos bendizemos:R. Porque pela vossa Santa Cruz remiste o mundo inteiro.


Consideremos a imensa dor de Jesus ao ver Maria sua mãe santíssima, e a dor de sua mãe ao vê-lo sendo castigado no meio de tão cruéis ultrajes. Digamos:


V. De Maria lacrimosa, sua mãe tão piedosa vê a imensa compaixão.


R. Pela Virgem dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me meu Jesus, perdoai-me meu Jesus.


R.Tende piedade de nós Senhor!



Pai Nosso - Ave maria - Glória ao Pai...
V Estação - O Cirineu ajuda a carregar a Cruz de Jesus

V. Nós vos adoramos ó Cristo e vos bendizemos:
R. Porque pela vossa Santa Cruz remiste o mundo inteiro.
Consideremos a fineza do amor de Jesus para conosco: Se permite que o ajudem, é também para nos ajudar a partilhar com ele do seu cálice de amargura. Digamos:

Em extremo desmaiado deve auxílio, tão cansado receber o Cireneu.

R. Pela Virgem dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me meu Jesus, perdoai-me meu Jesus.

R.Tende piedade de nós Senhor!

Pai Nosso - Ave maria - Glória ao Pai...

VI Estação - Verônica enxuga o rosto de Cristo.

V. Nós vos adoramos ó Cristo e vos bendizemos:
R. Porque pela vossa Santa Cruz remiste o mundo inteiro.
Consideremos a ação heróica desta mulher, que se dá a pressa a enxugar a face de Nosso Senhor, tão desfigurada e dolorida! Esta oficiosa e diligente caridade afeiçoa e enternece o coração do Senhor, e o move a lágrimas. Digamos:

V. O seu rosto ensangüentado, por Verônica enxugado, eis, no pano apareceu.


R. Pela Virgem dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me meu Jesus, perdoai-me meu Jesus.


R.Tende piedade de nós Senhor!

Pai Nosso - Ave maria - Glória ao Pai...

VII Estação - Jesus cai pela segunda vez

V. Nós vos adoramos ó Cristo e vos bendizemos:


R. Porque pela vossa Santa Cruz remiste o mundo inteiro.
Consideremos o Homem Deus, de novo sucumbido ao peso do madeiro. Ponhamos nossos olhos pecadores sobre esta grande vítima estendida por terra, ensangüentada, sem forças para prosseguir. Digamos:


V. Outra vez desfalecido, pelas dores abatido, cai em terra o Salvador.


R. Pela Virgem dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me meu Jesus, perdoai-me meu Jesus.


R.Tende piedade de nós Senhor!


Pai Nosso - Ave maria - Glória ao Pai...


VIII Estação - Jesus consola as filhas de Israel

V. Nós vos adoramos ó Cristo e vos bendizemos:


R. Porque pela vossa Santa Cruz remiste o mundo inteiro.
Admiremos aqui a generosidade incomparável de Jesus: esquece-se por momentos os seus próprios sofrimentos, para abrir os seios de sua entranhável caridade às filhas de Israel, e diverti-las de sua dor. "Não choreis por mim mas por vossos filhos e filhas". Digamos:




V. Das matronas piedosas, de Sião filhas chorosas é Jesus consolador.




R. Pela Virgem dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me meu Jesus, perdoai-me meu Jesus..




R.Tende piedade de nós Senhor!




Pai Nosso - Ave maria - Glória ao Pai...

IX Estação - Jesus cai pela terceira vez


V. Nós vos adoramos ó Cristo e vos bendizemos:



R. Porque pela vossa Santa Cruz remiste o mundo inteiro.
Consideremos o nosso Bom Jesus ao ver o Calvário. É ali, no cimo do monte, que um altar vai se erguer a justiça ultrajada de Deus. Mas o coração de Jesus padece grande angústia. Não teme os horrores da morte tão cruel, mas antes a inutilidade de seu sangue para tantos pecadores. Este triste pensamento constrange-o e aflige-o, caindo o corpo no chão. Digamos:



V. Cai pela terceira vez prostrado, pelo peso redobrado, dos pecados e da Cruz.



R. Pela Virgem dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me meu Jesus, perdoai-me meu Jesus..



R.Tende piedade de nós Senhor!
Pai Nosso - Ave maria - Glória ao Pai...






Via Crucis


+ Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.



Ave! Ó Cruz, única esperança, do mundo glória e salvação. Aos bons aumenta a graça e aos maus alcança perdão.


Oração Preparatória


Jesus amável Salvador, eis-nos humildemente prostrados a vossos pés, implorando a vossa divina misericórdia sobre nós e sobre as almas dos fiéis defuntos. Dignai-vos dispensar-nos os infinitos méritos de vossa dolorosa Paixão, que agora vamos meditar. Concedei que nesta via de lágrimas e suspiros, a que vamos dar início, que os nossos corações tão manchados pelo pecado se mova a contrição e a penitência, e que possamos aparelhados para sofrer todas as contradições, sofrimentos e humilhações desta vida.



A vós, Mãe de graça, que, abandonada em triste soledade, foste a primeira a percorrer a via-sacra, obtende-nos da Adorável Trindade um piedoso acolhimento destes nossos sentimentos de dor e de caridade, em reparação de tantas injúrias à sua Majestade Soberana.


R. Ó Santa Mãe gravai em meu coração as chagas do Crucificado!



V. Tende piedade de nós Senhor!



R. Que as almas dos fiéis defuntos, por vossa misericórdia, descansem em paz.Amém.

Iª Estação - Jesus é condenado a morte


V. Nós vos adoramos ó Cristo e vos bendizemos:R. Porque pela vossa Santa Cruz remiste o mundo inteiro.Consideremos a admirável submissão de Nosso Senhor quando ouviu pronunciar-se a sentença iníqua, e convençamo-nos de que não foi Pilatos que condenou Jesus a morte, mas todos nós pecadores presentes e do mundo inteiro. Com vivos sentimentos de penitência digamos:

V. A morrer crucificado teu Jesus é condenado por teus crimes pecador, por teus crimes pecador!



R. Pela Virgem dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me meu Jesus, perdoai-me meu Jesus.

R.Tende piedade de nós Senhor!

Pai Nosso - Ave maria - Glória ao Pai...

IIª Estação - Jesus carrega a Cruz



V. Nós vos adoramos ó Cristo e vos bendizemos:R. Porque pela vossa Santa Cruz remiste o mundo inteiro.




Consideremos com que doçura Nosso Divino Mestre recebeu em seus ombros doloridos e ensangüentados o terrível instrumento de seu suplício. Assim nos quis ensinar a levar a nossa Cruz sem impaciência e murmuração, e a padecer resignadamente os males vindos do Céu ou das criaturas. Digamos:




V. Com a cruz é carregado e do peso acabrunhado. Vai morrer por teu amor.




R. Pela Virgem dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me meu Jesus, perdoai-me meu Jesus.




R.Tende piedade de nós Senhor!




Pai Nosso - Ave maria - Glória ao Pai...

IIIª Estação - Jesus cai pela primeira vez



V. Nós vos adoramos ó Cristo e vos bendizemos:



R. Porque pela vossa Santa Cruz remiste o mundo inteiro.
Consideremos Jesus a caminho do Calvário. Vejamos como ele caminha com passos cansados e inseguros. Coberto de sangue, vem tão debilitado, que se abate ao peso da Cruz e cai no chão. Digamos:



V. Pela Cruz tão oprimido, cai Jesus desfalecido, pela sua salvação.



R. Pela Virgem dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me meu Jesus, perdoai-me meu Jesus.



R.Tende piedade de nós Senhor!



Pai Nosso - Ave maria - Glória ao Pai...