quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Exemplo das almas do Purgatório (para as mulheres)‏

Estava Santa Brígida em altíssima contemplação, quando foi elevada em espírito ao purgatório. Ali viu, entre outras, a uma nobre donzela, e escutou que queixava amargamente de sua mãe, pelo demasiado amor que Le tinha tido: "Ah! , Dizia, em vez de reaprender-me e sujeitar-me, ela me proporcionava modas, noivos; excitava-me a ir ao bailes, saraus, teatros, e até me engalanaba, ela mesma. è verdade que e ensinava algumas devoções, porem que gosto podiam dar estas a Deus, sendo misturadas com tanto galanteio e mundanidade? Porém, como a misericórdia do Senhor é tão grande, por àquelas poucas devoções que fazia Deus, me concedeu tempo para confessar-me bem e livrar-me do inferno. Porem, ah! que penas estou padecendo! Se soubessem minhas amigas! Que vida tão distinta levariam! A cabeça, que antes ataviava com adornos e vaidades, estão agora ardendo entre chamas vivíssimas; as costas e braços, que levava descobertos, os tenho agora cobertos e apertados com ferros de fogo ardentissimo; as pernas e pés, que adornava para o baile, agora são atormentados horrivelmente; todo meu corpo em outro tempo tão polido e ajustado, agora se encontra submergido em toda classe de tormentos (1)".



Contou esta a Santa esta visão a uma prima da defunta, muito entregada também a vaidade, e esta mudou de vida em términos que, entrando em um convento de rigorosa observância, procurou com rigidíssimas penitencia reparar as desordens passadas, e auxiliar a sua parenta, que estava padencendo tanto no purgatório.



(1) Por mais que o corpo não vai para o purgatório, não obstante, é certo que a almas sofrem o mesmo que se estivessem unida a ele. E assim o rico Epulário podia muito bem experimentar aquela sede de que nos tinha falado o evangelho; Tanto mais que nesta vida mortal. Não é propriamente o corpo, si não a alma em quanto da vida ao corpo, a que sente a dor.

(a morte iguala os cetros e às enxadas,a morte é o limite das coisas)

Oração de santo Agostinho pelas almas do purgatório…

Dulcíssimo Jesus meu, que para redimir ao mundo quisestes nascer, ser circuncidado, desprezado pelos judeus, entregado com o beijo de Judas, atado com cordas, levado ao suplício, como inocente cordeiro; apresentado ante Anás, Caifás, Pilatos e Herodes; cuspido e acusado com falsos testemunhos; esbofeteado, carregado de opróbrios, despedaçado com açoites, coroado de espinhos, golpeado com a cana, coberto o rosto com uma púrpura por zombaria; desnudado afrontosamente, cravado na cruz e levantado nela, posto entre ladrões, como um deles, dando-vos a beber fel e vinagre e ferido o Coração com a lança. Livrai, Senhor, por tantas e tantas acerbadíssimas dores que haveis padecido por nós, as almas do purgatório das penas em que estão; levando-as a descansar na vossa Santíssima Glória, e salvai-nos, pelos méritos de vossa Sagrada Paixão e por vossa morte de cruz, das penas do inferno para que sejamos dignos de entrar na posse daquele Reino, onde levastes ao bom ladrão, que foi crucificado convosco. Vós que viveis e reinais com o Pai e o Espírito Santo pelos séculos dos séculos. Amém.

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