segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Primeira Comunhão


Texto enviado por: Maria Ap. Bonometti

Em geral, tudo aquilo que se faz pela primeira vez é lembrado sempre, principalmente quando se trata de um acontecimento de suma importância.

Por isso, nossa Primeira Comunhão fica gravada de forma indelével em nossa memória.

Abaixo, um relato ocorrido entre o grande Papa São Pio X e um menino de 4 anos.

O Papa São Pio X desejava que se levasse as crianças a receber Nosso Senhor Jesus Cristo na Sagrada Eucaristia antes que a sombra do mal os tocasse.

Em 10 de agosto de 1910, ele lançou um decreto obrigando os padres do mundo a ministrar a Sagrada Comunhão às crianças, desde que estas sejam capazes de distinguir a eucaristia de um alimento comum.

Mas, antes de assinar o famoso documento, São Paio X suplicava à Providência que o iluminasse.“Senhor”, repetia ele, “dizei-me o que devo fazer”.

Eis que, certo dia, lhe comunicam que uma senhora inglesa, acompanhada de seu filho de quatro anos solicitara uma audiência. São Pio X os atende.


No meio da conversa, o menino se aproxima, e coloca sua mão sobre o joelho do Papa. Fato que rompia todo tipo de protocolo. A mãe, espantada, exclama o nome do filho apressando em o corrigir.

Deixe-o, diz o Papa, e com aquele olhar de bondade que caracterizava o grande Papa Santo, fala para o menino:Meu filho, tu tens alguma coisa em teu coração, eu sei. Diga-me o que é.

O menino diz: Padre, quando poderei fazer minha Primeira Comunhão?


São Pio X fecha os olhos, e lembra que, quando ele era menino, tinha feito a mesma pergunta a seu vigário, e este tinha-lhe respondido: “Tu é muito jovem ainda. Mas queres ser sacerdote e, quem sabe, um dia serás Papa. Poderás fazer muitas mudanças.

O menino olha estranhado para São Pio X, que está de olhos fechados.

“Dormis, Santo Padre”, lhe pergunta, com grande espanto da mãe.”Não, não durmo”, diz o Papa. E pergunta à criança: “A quem você receberá na Santa Comunhão?” “Jesus Cristo”, responde o menino. ”E quem é Jesus Cristo?” ”Jesus Cristo é o filho de Deus.”


Senhora, diz São Pio X, traga-me o menino amanhã, às 6h da manhã. Eu mesmo lhe darei a Primeira Comunhão na minha capela privada. E, olhando para o menino, diz: “Meu filho, tu não esperarás nem um dia mais”

E, no dia seguinte, bem cedo, o menino e 4 anos recebeu a Primeira Comunhão das mãos do Papa São Pio X.

Claro que esse foi um fato excepcional. A Igreja põe muito cuidado para que aquele que vai fazer a Primeira Comunhão se prepare adequadamente, e chegue a esse grandioso dia sabendo bem o que vai fazer, a Quem vai receber.

Nesse caso específico, tudo indica que o Papa Santo recebeu uma inspiração do Céu, por isso viu que aquele menino tinha verdadeiro amor a Deus, verdadeiro desejo de receber a Sagrada Comunhão. Viu que ele estava preparado para receber Nosso Senhor Jesus Cristo na Sagrada Eucaristia.


Nosso Senhor Jesus Cristo entrou no coração dessa criança. Quantos anjos terão acompanhado o sono desse menino naquela noite. Quantos anjos terão assistido o momento em que ele recebeu a Primeira Comunhão das mãos do Papa.

Poucos são os que tiveram a graça de receber a Sagrada Comunhão das mãos de um Papa. Mas não é necessária uma situação especial como essa para fazer uma Comunhão bem feita.

O mais importante é estarmos com a alma digna para receber o Deus do Universo, que não estejamos em estado de pecado grave e tenhamos nos confessado regularmente. O mesmo Nosso Senhor Jesus Cristo que essa criança recebeu, recebemos nós também. Em nossa Primeira Comunhão, e em cada uma das comunhões que fazemos.

É verdade de fé que, na hóstia consagrada, está o corpo, sangue, alma e divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Sim, Ele mesmo. Do jeito que andava nesta terra, pregava e convivia com os Apóstolos.

Recebemos Nosso Senhor no momento em que nós queremos.


Santo Inácio de Loyola diz que, no Sacrário, Nosso Senhor está à espera de que nós Lhe peçamos para recebê-Lo. Então, você entra na igreja, se aproxima para comungar e, no momento em que você recebe Nosso Senhor, Ele fala à sua alma e lhe diz:

“Meu filho, Eu o estava esperando. Quero entrar em seu coração. Quero mostrar-lhe que Eu lhe quero bem. Que desejo lhe conceder favores e graças. Que estou disposto a perdoa-lo, a consola-lo, a protege-lo”. Nosso Senhor quer tanto que nós O recebamos, que consente em vir a nós no momento em que nós queremos.
Lembremos que, em Fátima, Nossa Senhora, antes de Ela Mesma aparecer pessoalmente aos três pastorinhos, enviou-lhes o Anjo de Portugal, que lhes ministrou a Sagrada Comunhão.


O importante é receber a Deus.

Em cada uma de nossas Comunhões, recebemos o Mesmo Nosso Senhor Jesus Cristo recebido pelo menino de quatro anos.

Muito mais importante que a circunstância em recebemos a comunhão, é que, ao comungarmos, recebemos Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo, que na hóstia consagrada está com seu corpo, sangue, alma e divindade.

Uma vez que é tão maravilhoso, tão benfazejo comungarmos, o resultado lógico é que deveríamos comungar com freqüência. Mas é preciso fazer uma consideração muito importante.

É preciso estar realmente em condições de comungar. Preparados para comungar. E isso significa estarmos limpos de pecados graves que, por desgraça, tenhamos cometido.

Comungar seguido, sim. Mas isso não significa comungar de qualquer jeito. É preciso lembrar que comungar em pecado mortal é um horrível sacrilégio.

A pessoa que está em pecado mortal deve fazer antes uma boa confissão, para obter o perdão de seus pecados e, aí sim, poder comungar.

Nenhum comentário: